Search results
You search for terceira and 210 records were found.
Relatório de Prática Clínica apresentado à Escola Superior de Saúde Doutor Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de
Mestre em Cuidados Paliativos
O presente relatório insere-se na Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada do Mestrado em Ensino de Música – instrumento e classe de conjunto. Encontra-se dividido em três partes, sendo que a primeira é alusiva à Prática de Ensino Supervisionada, realizada no Conservatório Regional de Música de Ferreirim e, a segunda, referente ao Ensino de Trompete nesse contexto. A terceira parte engloba a Investigação na Prática de Ensino, sendo intitulada de “Meios/Técnicas facultativas para a resolução de problemas nos aerofones – trompete”.
Tocar um instrumento de sopro, seja de madeira ou de metal, requer muita prática e horas de estudo, para que se possa alcançar uma boa performance enquanto instrumentista. No entanto, nem sempre o estudo é executado da melhor maneira, pois há vários problemas que se encontram associados à prática de instrumento, nomeadamente uma incorreta posição da embocadura e/ou língua, uma errada forma de respiração e focagem do ar e até mesmo uma prática errada no que toca ao tempo de descanso. Para além de todos estes fatores que condicionam a performance do instrumentista, também há causas naturais que podem contribuir para que o tempo de estudo ou a prática de instrumento não seja tão produtiva, como o stress, a ansiedade e o cansaço. Então, neste âmbito, há dois aspetos fulcrais dos quais o instrumentista deve ser detentor: em primeiro, ter conhecimento de meios/técnicas que o auxiliem na resolução de problemas que o condicionam, tendo noção do aparelho ao qual deve recorrer e que melhor o auxiliará. Em segundo, todos os professores de instrumento devem orientar os seus alunos, conhecendo os métodos e aparelhos que se devem aplicar, de forma que as limitações que o aluno sente face à prática de instrumento sejam melhoradas e/ou resolvidas, para que este alcance uma boa performance musical. Desta forma, o presente relatório tem como objetivo explorar vários meios/técnicas que auxiliem na resolução de problemas de aerofones, principalmente de trompete. Para complementar toda a informação teórica ao qual se recorreu, foi realizada uma metodologia de investigação, com recurso a um inquérito por questionário, sendo aplicado a instrumentistas de trompete, que toquem por hobbie ou que seja a sua profissão, como forma de perceber se estes recorrem ao uso de aparelhos respiratórios ou outros meios para auxiliar nas limitações que apresentem e melhorar a sua prática de estudo. A amostra do estudo engloba quarenta indivíduos e, de entre as conclusões, pode-se denotar que, o facto de alguns indivíduos tocarem apenas por hobbie, poderá condicionar o uso destes aparelhos e, consequentemente, a sua performance musical.
A formação avançada dos profissionais que integram as equipas de cuidados paliativos (CP) é uma necessidade que, no meu caso, se cruza com uma motivação pessoal de concluir o mestrado em CP e que culmina no presente relatório de prática clínica para a obtenção do referido grau académico nesta área do saber.
Este relatório está dividido em 4 partes. Na primeira apresento o modelo de organização da equipa. A prática clínica foi realizada numa equipa domiciliária de CP que foi escolhida por se encontrar alinhada com a minha própria prática enquanto enfermeira, com a vantagem de ter um modelo de organização e funcionamento diferente da equipa comunitária em que trabalho e de constituir uma mais-valia na concretização do projeto de intervenção, uma vez que esta equipa é parceira numa comunidade compassiva.
Na segunda parte do relatório desenvolvo as competências adquiridas em estágio, onde integro todas as aprendizagens e reflexões críticas sobre as mesmas. O estágio deu-me a oportunidade de colocar em prática a teoria ministrada em contexto académico, sendo espelhadas na identificação e reflexão que faço das intervenções realizadas, organizadas pelos 4 pilares dos CP. Fui integrada na equipa e realizei visitas domiciliárias de acompanhamento do doente e cuidador/família.
O estudo de caso escolhido e descrito na terceira parte do trabalho orienta para a discussão da importância das redes de vizinhança compassiva nos cuidados à pessoa com doença avançada e em fim de vida e no apoio ao seu cuidador.
Esta temática é desenvolvida na parte IV, no projeto de intervenção, pela urgência da criação e implementação de medidas de saúde pública que caminham ao lado das respostas dos serviços de saúde e sociais, envolvendo toda a comunidade civil nos cuidados ao doente com necessidades paliativas. Desta forma, as ações desenvolvidas tiveram como objetivo a sensibilização da equipa comunitária e intra-hospitalar de cuidados paliativos e da câmara municipal, para lançar sementes na constituição de uma comunidade compassiva.
Tese apresentada à Universidade de Coimbra para obtenção do Grau de Doutor em Geologia, especialidade Mineralogia, Petrologia e Geoquímica.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Dissertação de Mestrado apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
Os avanços tecnológicos e a presença esmagadora de ferramentas digitais no nosso dia-a-dia, têm necessariamente um impacto na prática do design, onde podemos encontrar cada vez mais preferência pelos canais de comunicação instantâneos e efémeros, em detrimento das técnicas de reprodução manual ou convencional. No que diz respeito às práticas pedagógicas, e particularmente nas áreas do design, há uma fome crescente de formação baseada em ferramentas digitais, onde o aluno se vê confrontado com a necessidade de apresentar uma resposta a um determinado problema, utilizando quase exclusivamente software gráfico conhecido. Este artigo visa demonstrar, através de um exemplo prático, como os estudantes podem ser encorajados a procurar soluções gráficas através de práticas laboratoriais, utilizando ferramentas analógicas, onde os resultados apresentados foram muitas vezes moldados por esta prática e não apenas uma solução padrão proposta por um software. O exemplo apresentado neste artigo baseia-se no projeto editorial extracurricular, i.E. Magazine, que os estudantes da Licenciatura em Design e Tecnologia Gráfica (DGAT) do Instituto Politécnico de Tomar (PIT) desenvolveram nos últimos anos, com o objetivo de contribuir para a aprendizagem fora da sala de aula, incentivando a utilização de equipamento e materiais fornecidos pelos laboratórios de impressão desta instituição. Esta revista é propriedade dos estudantes da DGAT e tem servido como plataforma para explorar os laboratórios de impressão do PIT, mas também como uma forma de os estudantes se expressarem, sem o compromisso de responder a um exercício, programa ou problema colocado na sala de aula. Os estudantes que abraçam este projeto são responsáveis pela escolha de todo o conteúdo escrito, pelo pedido externo de artigos, pela recolha ou produção de imagens e ilustrações, pelo design e layout, pela escolha de materiais e meios de produção, pela impressão e acabamento e pela distribuição. Na primeira parte deste artigo, pretendemos abordar principalmente questões relacionadas com a publicação independente - o termo é aqui utilizado, não como uma caracterização fechada e definitiva, mas apenas para distinguir uma área de edição, para além dos meios tradicionais de criação, produção, divulgação e distribuição - a fim de compreender o seu contexto e reconhecer como este tipo de edição leve, sem recursos e, quase sempre, sem um objetivo comercial pode influenciar a escolha de ferramentas, materiais e recursos, como meio de produzir um objeto gráfico. Numa segunda parte, tentaremos explorar como a experimentação e exploração de técnicas de produção tradicionais num contexto de oficina pode levar o estudante a resultados inesperados, muitas vezes impostos por limitações técnicas, laboratoriais ou temporais relacionadas com a utilização de técnicas de produção quase artesanal. Para uma terceira parte deste trabalho, apresentaremos as abordagens adotadas na produção da sexta edição da revista i.E., que normalmente começa com um conjunto de limitações apresentadas pelo editor e que os estudantes pretendem resolver à medida que exploram as diferentes soluções que as práticas laboratoriais permitem. Para cada uma das edições desta revista é essencial utilizar os espaços laboratoriais oferecidos pela PIT, tornando o aluno consciente de uma realidade muito mais ampla que aqueles que pode encontrar no computador, em ferramentas digitais, ou mesmo dentro de uma sala de aula tradicional. Com este artigo esperamos conseguir que o acesso a outros métodos de aprendizagem mais experimentais permita amplificar a visão criativa do aluno e torne possível melhorar os processos de aprendizagem. As metodologias colaborativas utilizadas no contexto de um workshop são relevantes nas práticas de design gráfico e editorial, colocando o designer também como autor, colaborador e produtor, capaz de ditar conteúdos de alto valor e soluções práticas. A revisão dos processos e ferramentas criativas utilizadas, transforma o designer enquanto autor, num profissional mais informado e consciente, permitindo a abordagem às tecnologias tradicionais e contribuindo para o seu reconhecimento e aplicabilidade num contexto profissional.
Higher education institutions have a responsibility to contribute to a more sustainable development. However, this contribution hasn’t always been consequential, especially when the focus is more on the construction of mere tools for sustainability, than on the process of internal transformation. That is, on the development of a true training for sustainability, consequently for a curriculum more oriented towards sustainability and with valid contributions for sustainable development, namely in the regions where they are based. On the other hand, ecodesign analysis tools, namely checklists, have been used successfully in companies, but also in education, and have made an important contribution to sustainability, fundamentally in
the environmental and economic dimensions. Consolidated experiences in these areas have shown that employing these tools implies a contextualization of their use, in the case of their application in a teaching context, among students, or in a business environment, among professionals. It depends on the social,
economic, and business context of the region or country, but, in the specific case of an application in education, it also depends on the type of subjects and the teaching and learning methods. In addition, the usefulness of the checklists is observed in various contexts of everyday life, but also in the professional environment
and in teaching, as it is a tool that can help teachers and students to guide projects towards
the final objectives, also valuing the process of getting there. The present study emerged from an investigation
carried out within the scope of sus- tainability in communication design projects,
involving several curricular units of a communication design course. Its final objective is
to formulate a proposal for the application of
sustainability to education and professional
practice in this field of design. The main
intention is to encourage design practices that
consider aspects of environmental, social and
economic sustainability, consolidating the
training of students for a more sustainable
development.
At the methodological level, the study was
grouped into four phases of action. In the
first phase, the state of the art was analysed,
the most appropriate method was chosen
– an Ecodesign Checklist – and developed
to evaluate communication design projects
and to introduce improvements in products
sustainability and design projects.
Three curricular units from the third year
of the Communication Design bachelor’s
degree were selected, which allowed to carry
out the communication design project (Communication
Design IV subject), create ecodesign
strategies (Sustainable Design subject)
and plan their graphic production (Graphic
Production I subject). Within this context
a packaging and labelling design problem
was defined as the project to be carried out
evolving the subjects, having in mind the region where the school is located. To
this end, an Ecodesign Checklist for Packaging
and Labelling was developed, which allowed
the design aspects for sustainability to be
articulated between the three curricular units.
In a second methodological phase, the Packaging
and Labelling Ecodesign Checklist, was implemented
and a first assessment study was
carried out, regarding the potential contributions
to the main aspects of sustainable
development and to the training and curriculum
of students involved. In addition
to put in practice the Packaging and Labelling
Ecodesign Checklist, surveys were also carried
out with the involved students, in order to
assess the impact of using the method on
their curricular training and on their design
practices.
It is expected that in a third phase, this study
can be applied to other subjects of the Communication
Design degree and in a fourth
phase to be extended to professional practice.reflections obtained in the first two methodological
phases of this investigation, evaluating
the importance of conducting the inquiry into
a more holistic perspective, which includes
a curriculum and training for sustainability,
transposing the limits of the design project or
of the designed products. It is also presented
here the study contributions evaluation, specifically
the Ecodesign Checklist for Packaging and
Labelling, for the “Sustainable Development
Goals - 2030” in Portugal and in the region
where the higher education institution is located,
highlighting the aspects considered as
fundamental, and within the reach of design
and communication designers.
The first presented results are exploratory, as
the intention is to develop the study by comparing
results on a continuous basis. The evaluation
of the Packaging and Labelling Ecodesign
Checklist was carried out considering the academic
universe in which it was implemented
and intends to establish improvement parameters
for its use. These parameters include the
ease of use of the Checklist; the achievement
of ecodesign objectives and of social and economic
sustainability; and the contribution to
students' training in the scope of sustainability.
Some of the criteria initially defined for this
study, specifically criteria related to collaborative
practices applied to the field of design,
were conditioned by the constraints of social
confinement. However, it is expected to apply
and test these criteria in the next round of the
Ecodesign Checklist implementation.
This article presents the first analyses and
importance that this area of design has in
Até ao seculo XIX, os salvamentos só podiam ser feitos por embarcações que navegassem nas proximidades. Os pedidos de socorro eram enviados por transmissão sonora e sinalização por bandeiras sendo o alcance muito limitado. 0 primeiro código internacional de sinais foi publicado, em 1893, destinado prioritariamente na colaboração da segurança da navegação e das pessoas, especialmente quando existisse dificuldades de língua.
A invenção da radio por Guglielmo Marconi (1874-1937) em 1895, com o primeiro transmissor e o primeiro recetor, concebido pelo russo Popov, veio revolucionar as comunicações em geral, e em particular o socorro e segurança no mar, e pôr fim ao isolamento dos navios e à sua tripulação em relação a outras pessoas tanto no mar, como em terra. Os navios passaram a poder enviar as suas mensagens de socorro a distâncias de dezenas ou mesmo centenas de milhas marítimas.
0 primeiro salvamento com participação de comunicações via radio ocorreu em março de 1899, quando o navio-farol de Goodwin Sands, equipado com um aparelho radiotelegráfico Marconi, assinalou que o navio "Elbe" estava encalhado.
Este acidente e outros que lhe seguiram, foram a prova de que as radiocomunicações constituem um meio internacional de socorro valiosíssimo.
Em 1901, foi realizada a primeira radiocomunicação entre Poldhu (UK) e a Terra Nova com a transmissão da letra S (três pontos), acontecimento que marca o começo da era da TSF.
Em 1903, dais anos depois da primeira transmissão radiotelegráfica através do Oceano Atlântico, realizou-se, em Berlim, uma conferencia preliminar sobre TSF, com a participação de apenas sete países.
Nesse mesmo ano, foram feitas em Portugal, experiências de TSF, com o navio mercante Portugal. Seria, no entanto, o paquete Lisboa, o primeiro navio da marinha mercante equipado com uma estação TSF. Na sua segunda viagem, afundou-se, quando se encontrava junto da Cidade do Cabo. Os tripulantes e passageiros foram salvos pelo navio alemão Adolph Wouman, na sequência do pedido de socorro, feito pelo paquete Lisboa.
Três anos mais, tarde, em 1906, também em Berlim, realizou-se a primeira conferencia internacional radiotelegráfica, desta vez com a participação de 29 países. Nesta reunião foram elaborados uma convenção radiotelegráfica e um regulamento de radiocomunicações. Nesta mesma convenção foram adotadas as letras SOS como chamada internacional de socorro: anteriormente usava-se o sinal CQD (Come Quick Danger). Também ficou estabelecido que se devia dar prioridade absoluta a todas as mensagens de socorro, que seriam efetuadas nas frequências de 500 a 1000 kHz.
Em 16 de Fevereiro de 1910, entrou ao serviço na casa da balança, o posto radiotelegráfico do Arsenal da Marinha, que foi a primeira estacão radiotelegráfica em. Portugal, substituído pelo posto radiotelegráfico de Monsanto em 1916.
0 acontecimento mais dramático na história do começo da TSF, foi o naufrágio do Titanic, entre a noite de 14 para 15 de Abril de 1912, na sua primeira viagem transatlântica, quando pretendia bater o recorde de travessia do Atlântico (Europa/ América). 0 navio, ao colidir com um iceberg, afundou-se em poucas horas. Neste acidente onde morreram mais de 1500 pessoas, 700 salvaram-se ao serem recolhidas pelo paquete Carpathia, que captou a mensagem de socorro.
Três meses apes este acidente, teve lugar, em Londres, uma nova conferencia internacional de radio. A tragédia do Titanic, ainda viva na memoria de todos, teve grande influência nas decisões tomadas. Chegou-se a conclusão que, nas imediações do local do desastre, navegavam varies navios que poderiam ter salvo todos os náufragos, se estivessem equipados com uma estação. Para alem disso, se o operador do navio Califórnia, equipado com uma estação, tivesse uma escuta permanente, poderia também ter prestado o seu auxílio. Passou-se a dar preferência a frequência de 500 kHz, para os pedidos de socorro.
Dois anos mais tarde, foi adotada a primeira convenção internacional da salvaguarda da vida humana no mar SOLAS, que não foi posta em prática, devido a primeira guerra mundial ter rebentado nesse mesmo ano.
Nos anos 20, tem início a evolução da radiotelefonia. No ano de 1926 nascem as comunicações em onda curta (HF). Em 1927, realiza-se em Washington, uma nova conferencia internacional radiotelegráfica, reunindo 80 países. Nessa mesma conferencia criou-se a. comissão consultiva internacional das radiocomunicações, CCIR, (International Consultative Commitee) à semelhança das comissões que se ocupavam das questões telegráficas e telefónicas criadas na conferencia radiotelegráfica de Paris em 1925. comissão CCIR ficou encarregada de efetuar estudos e de emitir normas sobre questões técnicas e de exploração das radiocomunicações.
Foi nesta conferencia que se elaborou verdadeiramente o primeiro regulamento das radiocomunicações e uma nova convenção.
No mesmo ano, realizou-se em Londres a segunda conferencia SOLAS, cujas decisões entraram em vigor em 1935. Esta conferencia seguiu os mesmos moldes da conferencia de 1914 e teve em conta os progressos técnicos e científicos realizados desde então. Foi adotada a palavra MAYDAY para a chamada internacional de socorro.
Em 1932, teve lugar em Madrid a terceira conferencia radiográfica internacional. Foi nesta conferencia, que as 3 convenções internacionais, telegráfica, telefónica e de radiocomunicações se agruparam numa só, com o nome de Convenção Internacional de Comunicações. Nessa mesma conferencia, a União Telegráfica Internacional, criada em 1865 em Paris, tornou-se a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Depois desta conferencia de Madrid muitas outras se realizaram, as quais foram introduzindo alterações no regulamento das radiocomunicações.
Em 1933, a estação costeira da Marconi inicia o serviço de correspondência publica, que antes era assegurado pela estação de Monsanto.
Em 1948, realiza-se nova reunião da convenção SOLAS. Desta vez, a regulamentação era destinada a todos os navios de passageiros e de carga com mais de 1600 TAB, que passaram a ter obrigatoriamente uma estação radiotelegráfica. Nesta nova convenção levou-se em conta os desenvolvimentos das radiocomunicações, nomeadamente a radiotelefonia e a radiogoniometria.
Na década dos anos 50, foi dado um grande impulsoàs radiocomunicações, com a introdução do transístor, inventado pelos americanos Bardeen, Brattain e Shockley (1948). 0 transístor permitiu a redução do tamanho dos equipamentos e a implementação do VHF, como a utilização da banda lateral unica (SSB).
Entretanto, em 1948, por iniciativa das Nações Unidas, foi criada a Organização Consultiva Marítima Intergovernamental, IMCO, sendo elaborada a respetiva convenção, que só entrou em vigor dez anos mais tarde. A designação anterior foi porem em 1982 alterada para Organização Marítima Internacional, IMO.
Em 1959, teve lugar em Genebra (sede da UIT), uma conferencia Administrativa das radiocomunicações, tendo sido publicado um Manual para o Serviço Móvel Marítimo.
As alterações à convenção SOLAS passaram a ser feitas no âmbito da IMCO (posteriormente IMO), através dos seus vários órgãos, de que se destaca a Comissão de Segurança Marítima, MSC, e a subcomissão de radiocomunicações, COM.
Com o avanço da tecnologia de radiocomunicações elaborou-se, em 1974, uma outra versão da convenção, que passou a designar-se por SOLAS 74. Ficaram estabelecidos, entre outros pontos, a escuta na frequência radiotelefónica de socorro (2182 kHz) nos navios equipados com radiotelegrafia, a existência de um dispositivo de sinal de alarme radiotelef6nico e a introdução do equipamento de VHF.
Enquanto a IMO foi modificando as convenções SOLAS, tendo como objetivo torná-las mais atualizadas, a UIT foi realizando novas conferencias administrativas internacionais de radiocomunicações, ampliando a extensão utilizável do espectro radioelétrico, atribuindo novas faixas de frequências aos serviços de radiocomunicações existentes e criando novos serviços. Assim, ao longo dos anos, os meios de comunicações de socorro e segurança foram sendo aperfeiçoados e normalizados na base de urna coordenação internacional.
Em 1978, numa conferencia da IMO, foi criada a primeira Convenção Internacional sobre Normas de Formação, de Certificação e Serviço de Quartos para os marítimos, STCW. Esta convenção estabeleceu, pela primeira vez, as normas mínimas exigidas internacionalmente para as tripulações.
Em 1979, foi adotada, a nível mundial, a Convenção Internacional de Busca e Salvamento Marítimo, SAR., a que levou a adoção de dois manuais. 0 manual MERSAR, para ser utilizado pelos marítimos e o IMOSAR., para os governos.
A partir de 1962, com o aparecimento dos satélites artificiais e com a colocação em orbita do primeiro satélite de comunicações, o Telstar, as radiocomunicações passaram a ser realizadas com maior fiabilidade
Em 1976, já com os estudos suficientemente avançados, a IMO adotou a Convenção relativa a organização internacional de satélites marítimos, INMARSAT.
0 sistema foi oficialmente inaugurado em Londres, no edifício da INMARSAT, pela viúva de Guglielmo Marconi, em fevereiro de 1982.
A instituição do INMARSAT constituiu um grande avanço no desenvolvimento das radiocomunicações marítimas.
0 grande desenvolvimento da navegação e o consequente aumento dos sinistros marítimos levaram, em 1976, os Estados Unidos e Canadá a criarem o programa de busca e salvamento por satélite SARSAT, através de radio-balizas de localização de sinistros, EPIRB's. Um ano mais tarde, a Franca adotou o mesmo programa.
Simultaneamente, o Ministério Soviético da marinha mercante (MORFLOT) vinha desenvolvendo o programa COSPAS, que se poderá traduzir por Sistema Espacial para Busca de navios desaparecidos. Dada a semelhança dos objetivos dos dois sistemas, os países envolvidos concordaram em 1979 num projeto comum. 0 sistema entrou em funcionamento em julho de 1982, com o lançamento pela União Soviética do primeiro satélite COSPAS/SARSAT, Cosmos 1383.
Como já foi referido, desde o início do seculo XX, com o advento das radiocomunicações marítimas, a segurança e formação dos responsáveis das comunicações tem sido a principal preocupação das autoridades que têm a seu cargo a busca e salvamento. Foi essa preocupacao que levou a criação de um nova sistema de socorro e segurança martinhos, mais eficaz que o atual.
A IMO, tendo em consideração as deficiências do sistema de socorro e segurança marítimos, iniciou, nos anos 70, o estudo do Sistema Global de Socorro e Segurança marítimos, GMDSS, com a colaboração da União Internacional das Telecomunicações. UIT, Organização Mundial Meteorológica, WMO, e Organização Hidrográfica Internacional, IHO. Mais tarde, foi obtida a participação da Organização Internacional das Telecomunicações Marítimas por Satélite, INMARSAT e dos países associados da rede COSPAS/SARSAT. A finalidade principal e conseguir que as informações meteorológicas, avisos aos navegantes e os pedidos de socorro cheguem aos navios e estacoes costeiras com mais eficiência.
Em 1979, foi adotada na 11ª Assembleia da IMO, a resolução A420(XI), que estabeleceu a estrutura base do GMDSS.
A implementação do GMDSS envolveu emendas ao Regulamento das Radiocomunicações que foram aprovadas na conferencia WARC-MOB-87. Foi criado um nova capítulo (N IX) contendo as disposições sobre as frequências e procedimentos para as radiocomunicações, assim corno os artigos 55 e 56, respeitantes à formação, certificação, classe e número de operadores previstos para as estações.
Foram adotadas diversas resoluções, podendo destacar-se a continuação do atual sistema no que se refere às comunicações de socorro e segurança, e as responsabilidade das estações costeiras assumirem escuta nas frequências quer, no atual, quer do novo sistema.
Alterado no âmbito da UIT, o Regulamento das Radiocomunicações foi necessário alterar, numa conferencia no âmbito da IMO, a Convenção SOLAS, para que o GMDSS entrasse em vigor. Nessa conferencia, foram alterados varies capítulos, nomeadamente os capítulos III (meios de salvação) e IV (radiocomunicações).
Até 1 de Fevereiro de 1999, data na qual o sistema entrara definitivamente em vigor, haverá um período de transição e ainda se debate nas subcomissões da IMO, algumas clarificações de certas regras do SOLAS e resoluções para que o sistema se tome o mais eficaz possível.
Podemos, pois, concluir, que o GMDSS foi concebido para, aplicando as inovações tecnológicas no campo das radiocomunicações, superar as deficiências do sistema tradicional, que se baseia numa combinação de radiotelegrafia e radiotelefonia.
Portugal, através da Armada Portuguesa, que se ocupa das operações de busca e salvamento, tem planeado estações costeiras para as comunicações terrestes e via satélite, tanto no Continente, como nas ilhas dos Acores e Madeira. Está já em funcionamento a transmissão das informações de segurança marítima (MSI), através do NAVTEX. Foi inaugurada, em 1994, urna estação terrena INMARSAT C, pertencente à Marconi a qual ira dar apoio ao serviço SAR.