Bebés-medicamento
Carvalho, Sofia de Almeida
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A olivicultura em modo de produção biológica afigura-se com um modelo de grande interesse para a valorização do olival e dos seus produtos, pois utiliza os recursos naturais de uma forma sustentável, não recorrendo a químicos de síntese. Este setor assume taxas de crescimento que incrementam com a procura do consumidor, pelo que é muito importante que o conhecimento científico acompanhe os desafios da fileira numa perspetiva de cooperação, que deve ser reforçada pelo poder local e pelos organismos centrais, tendo em vista uma maior expressão da produção.
O concelho de Idanha-a-Nova, onde o olival é uma cultura que representa 6432 hectares, predominam as cultivares ‘Galega Vulgar’, ‘Carrasquenha’, ‘Bical de Castelo Branco’ e ‘Cordovil de Castelo Branco’. Este Concelho foi o primeiro a aderir à Rede Internacional de Bio Regiões e a expressar dinâmicas territoriais com base em desenvolvimento sustentável e de instigação à conversão da sua produção agrícola para o modo de produção biológico (MPB).
O presente trabalho pretende ser uma primeira contribuição para caraterizar os azeites virgens produzidos em MPB no Concelho de Idanha-a-Nova, de forma a avaliar as potencialidades dos azeites aqui produzidos. Assim, foram seguidos e recolhidas amostras de azeite em 3 sistemas de extração: sistema laboratorial Abencor, lagar móvel com sistema de duas fases Hiller (Modelo PM-030-CA) e lagar de duas fases Oliomio (Modelo 100-150 MQGB). As amostras de azeite foram analisadas por espectroscopia no infravermelho próximo (NIR), utilizando o modelo de calibração “calibration package B-olive oil” e os espetros NIR analisados por quimiometria. Paralelamente, as amostras foram submetidas a painel de provadores para o exame organolético e nas amostras extraídas em equipamento Abencor foram ainda avaliadas a estabilidade oxidativa e os fenóis totais.
Os resultados obtidos por NIR permitiram diferenciar os azeites face aos seus critérios de qualidade e à sua composição em ácidos gordos. Nos critérios químicos todos os azeites estão conforme a categoria de virgem extra e é face ao exame organolético, e nos azeites provenientes da linha Oliomio, que ainda há procedimentos a melhorar de forma a não surgirem defeitos no azeite. Os resultados mostram ainda o elevado teor em compostos fenólicos dos azeites da cultivar Carrasquenha (928,93 mg GAE kg-1) a corresponder à elevada mediana de frutado no exame organolético, o que potencia a sua diferenciação nesta região. Por outro lado, o azeite da cultivar Galega apresentou a estabilidade oxidativa mais elevada (35 horas).
A vida agitada nos centros urbanos faz com que os consumidores optem por produtos saborosos, previamente preparados, fáceis de consumir e a preços acessíveis.
Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de fruta em pó, à base de medronho e dióspiro cv. Rojo Brilhante e cv. Fau fau. Snacks e goma de dióspiro cv. Rojo Brilhante, com a finalidade de possibilitar o consumo destas frutas sazonais, subaproveitadas na região de Castelo Branco, criando produtos saudáveis e evitando o desperdício alimentar.
Os frutos foram desidratados por convecção a 60 °C e com uma velocidade do ar de 1,2 m s-1, alcançando humidade final de 1 % no medronho em pó, 3 % no dióspiro em pó. Nos snacks 1,52 % na rodela, 1,60 % no palito, 3,23 % no cubo e 14 % na goma. Sendo estudada a sua cinética através de curvas de desidratação. A qualidade destes produtos foi avaliada através de parâmetros físico-químicos e microbiológicos.
Os frutos em fresco e desidratados foram avaliados nutricionalmente, realçando no medronho o perfil de ácidos gordos, destacando-se o ácido linolénico (C18:3) (29,38 % em medronho fresco e 31,17 % e 21,19 % em medronho desidratado lote 1 e 2, respetivamente), ácido oleico (C18:1) (27,67 % em medronho fresco e 27,42 % e 30,26 % em medronho desidratado lote 1 e 2, respetivamente) e ácido linoleico (C18:2) (20,19 % em medronho fresco e 22,54 % e 20,77 % em medronho desidratado lote 1 e 2, respetivamente). Quanto ao dióspiro os predominantes foram o ácido palmítico (C16:0) (26,01 % e 21,69 % no dióspiro em pó e goma, respetivamente) e o ácido oleico (C18:1) (18,70 % e 25,88 % no dióspiro em pó e goma, respetivamente).
Os snacks (rodela, palito e cubo) de dióspiro foram avaliados sensorialmente por um painel de 60 provadores não treinados, através do teste de ordenação, atribuindo a pontuação entre 1 a 3 pontos, segundo a sua preferência, sendo o snack rodela o mais apreciado com uma aprovação de 47 %. De seguida, realizou-se o teste de aceitação, aos snacks de dióspiro (rodela, palito, cubo) e goma, onde foram consideradas as variáveis sensoriais definindo como limite de aceitação 5,0 pontos, numa escala de 1 a 9. Todos foram aceites, com pontuações compreendidas entre 5,15 e 7,33 pontos.