O design inclusivo e o portador de deficiência visual : a estimulação sensorial na arquitectura através da terapia Snoezelen
Gomes, C.C.
2013
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Portugal é um país envelhecido: em 2019, 22 % da população tinha 65 e mais anos, e cerca de 7 %, 80 anos e mais. Esta realidade resulta da modernização económica e social da sociedade portuguesa. Mas quem são, onde e como vivem os idosos portugueses? A sociedade está a ser capaz de responder aos desafios do envelhecimento? Estas são perguntas a que importa ir respondendo, no quadro de uma reflexão sobre os contextos de envelhecimento em Portugal.
O excesso de comportamento sedentário diário encontra-se associado a múltiplos malefícios para a saúde biopsicossocial dos indivíduos de todas as idades. Nesse sentido, é importante que os técnicos que aturam com a população envelhecida possuam formação técnica relacionada com o sedentarismo. Desta forma, este livro sintetiza um conjunto e modelos teóricos e de evidências científicas relacionadas com a investigação acerca desta problemática. Este contributo tem como objetivo auxiliar o desenvolvimento de iniciativas de saúde pública baseadas na melhor evidência científica disponível. Além disso, este documento serve de apoio à unidade curricular Envelhecimento e Atividade Física, pertencente à licenciatura em Desporto e Atividade Física, e à unidade curricular Envelhecimento, Condição Física e Destreino, integrada no Mestrado em Atividade Física do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
O aumento crescente da esperança de vida representa uma vantagem para todos aqueles que
dele vão usufruindo mas, simultaneamente, aumenta os riscos de doença, incapacidade e dependência.
A funcionalidade global dos indivíduos, entendida no sentido da sua autonomia funcional ou
capacidade funcional, tem tendência a declinar gradualmente com o avanço em idade (Botelho,
2014; Fillenbaum, 1996), não decorrendo da mesma forma em todos os indivíduos. Com base do
conceito de envelhecimento ativo da OMS foi analisada a funcionalidade das pessoas idosas e a sua
relação com os determinantes do envelhecimento ativo. Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas
idosas residentes na comunidade, através da utilização da escala de Atividades da Vida Diária (Katz
et al, 1963; Lawton & Brody, 1969). Conclusão: a maioria dos elementos revela uma elevada independência
na realização de grande parte das atividades da vida diária, com os indivíduos mais idosos
a apresentarem maior nível de dependência, em todas as componentes.
Objetivo:
Verificar se existe relação entre a capacidade de armazenamento de energia elástica dos flexores plantares e o desempenho no salto vertical com contra-movimento (SVCM) em participantes de diferentes faixas etárias.
Relevância:
O processo de envelhecimento está associado a alterações das propriedades viscoelásticas do tecido músculo-esquelético, nomeadamente da sua capacidade de armazenar energia elástica. É reportado que estas propriedades podem estar relacionadas com o desempenho em tarefas de potência muscular, como é o caso do SVCM.
Amostra:
30 participantes foram distribuídos por três grupos de faixas etárias distintas: 1) adultos-jovens (n=11, 21.2±1.3 anos); 2) adultos de meia-idade (n=9,50.7±9.3 anos); e 3) idosos (n=10,72.5±4.0 anos).
Materiais e Métodos:
A capacidade de armazenamento de energia elástica foi estimada a partir de testes de alongamentos passivos dos flexores plantares a diferentes velocidades (i.e. 2, 30, e 60°s¯¹), através do coeficiente de dissipação de energia (CD). O desempenho em tarefas de potência muscular foi quantificado com a medição da altura do SVCM.
Análise Estatística:
A normalidade dos dados foi verificada com o teste Kolmogorov-Smirnov. A correlação de variáveis foi determinada através do coeficiente de correlação de Pearson (r), e a comparação entre grupos através do teste One-Way ANOVA.
Resultados:
Observou-se uma correlação linear negativa (r= -0.423, p=0.02) entre o CD e a altura do SVCM. Não foram encontradas diferenças significativas no CD entre os grupos (p=0.137), no entanto foi observado um efeito significativo na altura do SVCM entre os grupos (p≤0.001).
Conclusão:
Observou-se no presente estudo que, participantes com maior capacidade de armazenar energia elástica durante o alongamento tendem a produzir desempenhos superiores no SVCM. Esta observação reforça a importância desta propriedade mecânica na manifestação do desempenho motor em tarefas de potência muscular.
O Relatório da ONU de 2019 vem reafirmar o que já há muito se antevia e se sentia no quer diz respeito às prospetivas associadas ao envelhecimento global da população mundial. Para o efeito, são analisadas e refletidas as tendências de envelhecimento global, regional e local e as respetivas consequências associadas aos conceitos de envelhecimento ativo e bem-sucedido. Dado que a presente sociedade é eminentemente digital são abordadas as valências que visam a infoinclusão da população mais envelhecida e que incluem a gerontecnologia, o desenho universal e a teoria para a aceitação da tecnologia. A apresentação dos conceitos, numa base crítica e reflexiva pretendem propor pistas e estratégias que visam a infoinclusão dos mais idosos de forma a proporcionar todas as condições para um melhor envelhecimento ativo e bem sucedido.
Conciliar a longevidade com uma vida autónoma e independente constitui um importante objetivo
ligado ao envelhecimento da população. Isso mesmo foi assumido pela OMS (2002) ao considerar
o envelhecimento ativo como o principal objetivo das políticas direcionadas para os idosos.
Partindo do conceito de envelhecimento ativo (EA) utilizado pela OMS foi analisada a funcionalidade
das pessoas idosas, a sua relação com os determinantes do envelhecimento ativo e construído
um modelo de envelhecimento ativo para uma amostra de idosos residentes na comunidade.
Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes na comunidade, através de um protocolo
de avaliação, para analisar os determinantes do envelhecimento ativo. Resultados: o modelo
de Envelhecimento Ativo para a população do distrito de Castelo Branco, é constituído por 6 fatores:
componente psicológica, saúde subjetiva, relações familiares, funcionalidade, satisfação com
os serviços e relações com amigos, explicando 65,9% da variância total: Conclusão: a maioria dos
elementos revela um elevado grau de funcionalidade, o que traduz a independência na realização de
grande parte das atividades da vida diária. Apresentam maior nível de dependência, em todas as
componentes, os indivíduos mais idosos. A principal componente do modelo de envelhecimento
ativo é a componente psicológica, explicando 30,9% da variância total.
As alterações demográficas
e socioculturais ocorridas em Portugal
nas últimas décadas deram origem
ao aumento do peso relativo
dos idosos no total da população,
embora com dinâmicas territoriais
desiguais, e ao aumento
das necessidades de sistemas
de proteção e de serviços de cariz
social que respondam às necessidades
específicas deste grupo etário.
Até porque as mudanças ocorridas na
estrutura familiar e nas relações entre
gerações têm vindo a limitar o papel
tradicional dos cuidadores informais.
Neste contexto de mudança,
os desafios da longevidade
e do envelhecimento poderão assim
constituir-se como uma oportunidade,
obrigando a uma nova forma
de gestão das idades. Também
as melhorias verificadas na qualidade
de vida, a par de um novo discurso
sobre o envelhecimento, podem vir a
alterar a forma como a sociedade e os
próprios idosos se posicionam
no conjunto do sistema social. Assim,
o aumento das pessoas que chegam
à idade da reforma mais saudáveis
e com necessidades e aspirações
diferentes torna necessário
o desenvolvimento de programas
que promovam a sua integração,
participação e implicação na vida
local e no desenvolvimento
dos territórios. É, por isso, necessário
estar atento às necessidades
da população idosa, mas também
a esta mudança de paradigma
e às necessidades dos futuros
idosos. As instituições, organizações
e comunidade em geral, têm,
portanto, que ter os conhecimentos
e as competências necessárias para
o desenvolvimento de programas
inovadores que promovam
a integração e participação dos mais
velhos.
Justifica-se, portanto, a análise
da forma como as comunidades lidam com os processos
de envelhecimento, de modo
a poder definir estratégias
que possibilitem não apenas
o bem-estar e autonomia
das pessoas idosas,
mas também a sua
integração e participação
no desenvolvimento dos
territórios.
Conciliar a longevidade com uma vida autónoma e independente constitui um importante objetivo
ligado ao envelhecimento da população. Isso mesmo foi assumido pela OMS (2002) ao considerar
o envelhecimento ativo como o principal objetivo das políticas direcionadas para os idosos.
Partindo do conceito de envelhecimento ativo (EA) utilizado pela OMS foi analisada a funcionalidade
das pessoas idosas, a sua relação com os determinantes do envelhecimento ativo e construído
um modelo de envelhecimento ativo para uma amostra de idosos residentes na comunidade.
Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes na comunidade, através de um protocolo
de avaliação, para analisar os determinantes do envelhecimento ativo. Resultados: o modelo
de Envelhecimento Ativo para a população do distrito de Castelo Branco, é constituído por 6 fatores:
componente psicológica, saúde subjetiva, relações familiares, funcionalidade, satisfação com
os serviços e relações com amigos, explicando 65,9% da variância total: Conclusão: a maioria dos
elementos revela um elevado grau de funcionalidade, o que traduz a independência na realização de
grande parte das atividades da vida diária. Apresentam maior nível de dependência, em todas as
componentes, os indivíduos mais idosos. A principal componente do modelo de envelhecimento
ativo é a componente psicológica, explicando 30,9% da variância total.
Segundo a WHO (2002), as sociedades estão a envelhecer, sendo possível
observar uma transformação demográfica sem precedentes na história da humanidade.
O sucesso das transformações sociais, ao acolherem o envelhecimento saudável, é
proporcional à precariedade dos mecanismos que dispomos para lidar com a velhice
frágil e dependente. É um facto que se acrescentou mais anos de vida à população em
geral; contudo, a inexorabilidade da velhice só poderá ser evitada se houver uma morte
prematura. Para muitos idosos, os últimos anos de vida são devastados pela doença
crónica, deficiência ou demência, e dependência maior. Do ponto de vista histórico da
humanidade, somos uma sucessão de gerações, cada vez mais velhas, amparadas pela
ilusão da renovação. O passado foi mais jovem que o presente, e o futuro terá ainda
mais idade. Este artigo pretende apresentar a reflexão acerca do envelhecimento
individual, realizada durante a investigação acerca da Promoção e Preservação da
Dignidade no contexto de cuidados em lares de idosos, realizada no contexto do
Doutoramento em Enfermagem da Universidade de Lisboa, Portugal.
A tecnologia de envelhecimento tradicional, que consiste na colocação da aguardente vínica
em vasilhas de madeira durante vários anos, é uma técnica morosa e onerosa. Assim, têm vindo a ser
introduzidas e desenvolvidas novas técnicas, com o intuito de optimizar o processo e reduzir os custos.
Uma dessas novas técnicas consiste em introduzir pedaços de madeira (aparas, toros ou outras formas)
na bebida a envelhecer, condicionada em depósitos de inox. Têm sido realizados muitos estudos em
vinhos, mas em aguardentes a experimentação é escassa [1, 2].
Assim, este trabalho teve como objectivo avaliar a influência da utilização de alternativas ao
envelhecimento de aguardentes em vasilhas de madeira, na composição química das aguardentes
obtidas, dando particular atenção aos compostos odorantes provenientes da madeira.
Para tal, uma mesma aguardente vínica da Lourinhã foi submetida a um processo de envelhecimento,
com três formas de madeira: aguardente colocada em vasilha de madeira (V), aguardente colocada em
vasilha de inox com introdução de madeira sob a forma de dominós (D) e aguardente colocada em
vasilha de inox com introdução de madeira sob a forma de tábuas (T), tendo sido colhidas amostras de
aguardente, ao fim de 180 dias de envelhecimento, para análise e quantificação dos compostos
odorantes.
Os resultados obtidos mostram que a forma da madeira teve um efeito altamente significativo na
maioria dos compostos analisados. No caso dos compostos odorantes derivados da lenhina da madeira
(fenois voláteis e vanilina), os teores mais elevados foram encontrados nas aguardentes envelhecidas
na presença de fragmentos (dominós ou tábuas), enquanto para os compostos odorantes derivados das
hemiceluloses da madeira (ácido acético e aldeídos furânicos) os teores mais elevados foram
determinados nas aguardentes envelhecidas em vasilha de madeira.
Os resultados deste trabalho sugerem a possibilidade de diferenciação química das aguardentes, em
função da tecnologia de envelhecimento.
Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)
para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Inovação e Qualidade na
Produção Alimentar.
Envelhecimento humano
Envelhecimento ativo
O envelhecimento demográfico em Portugal é uma realidade regionalmente diversa, pelo que conhecer os contextos de envelhecimento é essencial para promover políticas e ações ajustadas às necessidades das populações e ao desenvolvimento local. A elaboração do Plano Gerontológico de Idanha-a-Nova partiu destes pressupostos, utilizando uma metodologia mista : levantamento de necessidades através de questionários, audição da população para apresentação dos resultados e propostas de ação, entrevistas semiestruturadas aos responsáveis locais, associações e IPSS. Destacam-se as fragilidades na escolaridade e rendimento da população, na interação entre instituições e serviços e na resposta a algumas necessidades essenciais. Apesar das fragilidades, é de realçar a vontade da população e responsáveis locais em participar na discussão e resolução dos problemas. Este Plano já possibilitou mudanças, revelando-se uma ferramenta replicável capaz de contribuir para a inovação social dos territórios.
A presente comunicação insere-se no âmbito de um estudo de caso de natureza qualitativa, realizado numa turma de informática da Universidade Sénior Albicastrense (USALBI), durante o ano letivo 2010/2011, com o objetivo de compreender a importância das TIC em geral, e do Facebook, em particular, na promoção do envelhecimento ativo e na qualidade de vida dos idosos. Tendo em conta a realidade atual em que os idosos se encontram inseridos, no grupo de cidadãos info-excluídos, surgiu o interesse em realizar este estudo, de modo a refletir acerca das políticas sociais para a promoção da infoinclusão destes cidadãos idosos. Atualmente as redes sociais digitais são uma ferramenta de comunicação utilizada por muitas pessoas pelo que os idosos não podem nem devem ficar excluídos. Neste âmbito, o Facebook é a maior rede social digital em todo o mundo, sendo importante investir na formação dos idosos de modo a poderem usufruir das potencialidades desta plataforma.
Globalmente, esta investigação consistiu na observação não participante dos idosos da turma de informática, na realização de entrevistas semiestruturadas aos idosos e à professora de informática e também na aplicação de uma grelha de exploração cronológica baseada nas funcionalidades do Facebook.
Os resultados deste estudo permitiram constatar que as TIC permitem um acesso rápido à informação, são um instrumento de atualização de conhecimentos e uma ferramenta utilizada por estes idosos para comunicar. Quanto ao Facebook, concluiu-se que é uma rede social digital extensível a todas as idades, promove a socialização, combate o isolamento, contribuindo para uma aprendizagem ao longo da vida, permitindo ainda dar resposta social positiva, para que os idosos possam ter um mais adequado envelhecimento ativo e uma melhoria significativa na sua qualidade de vida.
Envelhecimento demográfico
A relação entre desenvolvimento social, aumento da longevidade e inovações tecnológicas constitui um paradigma muito atual. O alongamento da vida adulta, os novos riscos sociais e o impacto da utilização das tecnologias pela pessoa idosa constitui objeto de reflexão deste artigo. Pretende-se fazer uma análise sumária sobre alguns estudos publicados acerca da temática envelhecimento e tecnologia. A consequente necessidade de adaptação da população idosa à tecnologia orienta esta reflexão na construção do direito a envelhecer com dignidade e segurança na sociedade digital
O processo de envelhecimento promove um conjunto de perda de capacidades em diferentes níveis: físico, cognitivo, emotivo e social. A Iniciativa i2010: Plano de Acção «Tecnologias da Informação e das Comunicações e Envelhecimento», promovida pela União Europeia, visa a promoção de medidas e de ações que permitam uma melhor qualidade de vida para os cidadãos mais idosos. A Iniciativa i2010 pretende que sejam atingidos três diferentes domínios com as TIC mas com um enfoque nas tecnologias assistivas digitais: 1. Envelhecer bem no trabalho; 2. Envelhecer bem na comunidade; 3. Envelhecer bem em casa. É nesta última vertente que se pretende apresentar uma proposta que visa a criação e adaptação de dispositivos tecnológicos digitais que permitam uma monitorização das rotinas dos cidadãos mais idosos, salvaguardando-se todos os aspetos éticos e de privacidade, mas que seja potenciadora de um novo «ambiente» onde os cuidadores possam intervir sempre que for necessário de uma forma atempada em termos de salvaguarda do bem-estar e segurança dos cidadãos mais idosos. A conceção, o desenvolvimento e a implementação dos dispositivos digitais serão enquadrados nos projetos da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações (3º ano) na Escola Superior de Tecnologia do Instituo Politécnico de Castelo Branco.
O envelhecimento tem sido encarado como um desafio constituindo-se como objeto de
estudo e de intervenção de entidades supra nacionais, nacionais e locais e das mais
variadas áreas do saber. Tendo em conta a diversidade de saberes pretendemos com este
texto compreender o envelhecimento, as políticas, a investigação e a intervenção social
com destaque para a infoexclusão e a infointervenção. Como sabemos o contexto de
crise económica e financeira e a retração das políticas públicas e sociais aumenta as
desigualdades e coloca em causa o bem-estar das pessoas idosas. Somos desafiados por
isso a questionar, de um ponto de vista crítico, as estratégias adotadas para dar resposta
ao grupo de pessoas idosas destacando os processos de infoexclusão e formas de
infointervenção.
O risco de vulnerabilidade e isolamento social associado aos idosos, levou a Organização
Mundial de Saúde a reconhecer o apoio social, onde se inclui as redes de apoio social e o suporte
social, como um importante fator na prevenção do isolamento social e como uma medida necessá-
ria para a promoção da saúde e do envelhecimento ativo (WHO, 2002). Com base no conceito de
Envelhecimento Ativo, procurou-se caracterizar a rede de apoio social e de suporte social das pessoas
idosas do distrito de Castelo Branco. Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes
na comunidade, tendo sido utilizada a Escala de Rede de Apoio Social (Lubben, 1998), com
três subescalas: família, amigos e confidentes, para avaliar a integração e a rede social. Resultados:
O relacionamento social, sobretudo no âmbito familiar, confirma a importância das redes sociais de
suporte (Bowling, 1991) para o envelhecimento ativo, bem-sucedido, funcionando igualmente como
um fator determinante para a maior ou menor capacidade de adaptação aos desafios do envelhecimento.
os indivíduos que apresentam redes familiares e redes de amigos de maiores dimensões são
os que pertencem ao grupo etário mais baixo (65-74), ao género masculino, são casados e têm mais
anos de escolaridade. Conclusão: Ao analisar a rede de suporte social verifica-se que a rede familiar
se associa à idade, género e estado civil enquanto a rede de amigos e de confidentes é maior
nos homens. Ter maior escolaridade também está associado à rede de amigos, a qual tem uma
maior dimensão nos indivíduos mais novos.
Envelhecimento celular
Envelhecimento humano
A referência ao envelhecer como associado à “passagem do tempo” indica que é algo natural e inevitável,
em que ocorrem transformações a vários níveis, que a sociedade assume como fazendo parte do processo
de envelhecimento. De tal modo que quando alguém mais jovem apresenta, de forma mais evidente,
algumas dessas transformações associadas à “passagem do tempo”, referimo-nos a essa pessoa como
parecendo um velho. Mas também existe a situação inversa, em que pessoas mais velhas não apresentam
essas transformações, características das pessoas da sua idade. Estes exemplos demonstram que o
envelhecimento não ocorre de forma homogénea, e varia de pessoa para pessoa. Os recursos de que cada
pessoa dispõe para se adaptar a esta fase da vida são fortemente influenciados pelos percursos de cada
um, os quais influenciam, de forma determinante, o processo de envelhecimento. Não se envelhece da
mesma maneira no espaço rural ou numa grande metrópole, tendo uma vida ativa ou uma vida
sedentária, partilhando uma ampla rede de relações sociais ou vivendo de forma solitária.
No entanto, as inevitáveis alterações verificadas durante o processo de envelhecimento têm conduzido a
representações sociais tendencialmente associadas a estereótipos e preconceitos, que influenciam e
modelam a forma, muitas das vezes discriminatória, como a sociedade interage com as pessoas idosas,
como se estas pessoas, chegadas a esta fase da vida, vissem esbatidas as diferenças individuais que as
caracterizam e distinguem enquanto seres humanos, e passassem todas a estar desprovidas de quaisquer
competências.
Envelhecimento da população Portuguesa
A crescente importância política, económica
e social dos países em vias
de desenvolvimento, a evolução rápida
da sua população fez concentrar, durante
o século XX, as atenções da opinião pública
quase exclusivamente
no crescimento demográfico.
Quando se falava em população,
falava-se sempre no receio
das consequências da explosão demográfica.
Os cenários elaborados pelas Nações
Unidas, na segunda metade do século XX,
apontavam para um mundo, no final
do século XXI, com uma população próxima
dos 20 milhares de milhão de habitantes
(quatro vezes mais a população mundial
existente em 1990 - 5 milhares de milhão).
O envelhecimento demográfico é um fenómeno global nas sociedades desenvolvidas e cada vez mais expressivo nos territórios do interior de Portugal, nem sempre adaptados à sociedade digital. As competências digitais são determinantes para o exercício pelo de cidadania e a inclusão na sociedade digital. Partindo de um estudo de avaliação multidimensional da população das regiões envelhecidas de Portugal, enquadrado na elaboração de perfis de envelhecimento no âmbito do projeto PerSoParAge - Recursos pessoais e sociais para a autonomia e participação social numa sociedade envelhecida (POCI-01-0145-FEDER-023678), apresenta-se a associação entre as variáveis sociodemográficas e de utilização de tecnologias digitais para a determinação de perfis de envelhecimento na população com 55 ou mais anos dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Portalegre. O estudo visa contribuir para o desenvolvimento de respostas públicas e sociais adequadas ao perfil da população e aos desafios da sociedade digital para um envelhecimento saudável, ativo e participativo.
Envelhecimento ativo
O projeto PerSoParAge - Recursos pessoais e sociais para a autonomia e participação social numa sociedade envelhecida, tem o objetivo de desenvolver propostas e ferramentas de análise e intervenção que respondam aos desafios das regiões envelhecidas do interior de Portugal, partindo de uma avaliação do território, nos distritos de Castelo Branco, Guarda e Portalegre. O consórcio que representa o projeto é formado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Portalegre, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Bragança, Câmara Municipal de Castelo Branco e Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. O projeto pretende conhecer os processos e os perfis de envelhecimento das comunidades do interior através da avaliação multidimensional com vista a definir o seu perfil social, funcional e dos recursos disponíveis, assim como identificar as necessidades das organizações destas comunidades. Esta comunicação apresenta os dados da componente de avaliação do conhecimento, utilização e potencial das Tecnologias de Informação e Comunicação pelas pessoas mais velhas das regiões estudadas. A metodologia utilizada foi de natureza predominantemente quantitativa, com recursos à aplicação de dois inquéritos por questionário, um destinado aos indivíduos dos 50 aos 64 anos e o outro à população com 65 ou mais anos. Este instrumento foi especificamente elaborado para o efeito, validado por especialistas, contendo questões de resposta fechada e aberta. A análise e discussão dos resultados permitirão a construção de conhecimento que responda aos desafios das alterações demográficas sentidas nas regiões abrangidas e o desenvolvimento de estratégias de intervenção e políticas territoriais de envelhecimento, nomeadamente soluções que promovam a utilização das tecnologias digitais e assistivas, no sentido de melhorar a qualidade de vida dos idosos e de promover a sua integração, participação e implicação no desenvolvimento dos territórios.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Socia.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Num futuro próximo o envelhecimento demográfico terá consequências relativas quer na população em geral, quer na composição da população ativa e na escassez de algumas competências.
O objetivo geral desta investigação visa compreender quais as práticas de GRH que contribuem para a retenção dos trabalhadores de diferentes idades.
Com base nestas premissas, realizámos três estudos com o objetivo de (1) perceber se e como os Gestores de RH consideram a questão da idade no desenvolvimento de práticas de GRH. Neste sentido, entrevistámos 14 gestores de RH de pequenas, médias e grandes empresas e realizámos uma análise qualitativa; (2) analisar a relação entre as práticas de GRH e as intenções de reforma. Para tal, aplicámos um questionário online a 402 trabalhadores de várias empresas; (3) analisar bundles de GRH em vez de práticas isoladas de GRH, salientando assim a importância da coerência do sistema de GRH como um todo. A amostra foi a mesma do estudo anterior.
O não-alinhamento entre as práticas efetivas nas organizações e as práticas que os trabalhadores consideram importantes, parece tornar evidente que ainda há muito trabalho a ser feito nesta área, salientando a importância do desenvolvimento de práticas adequadas às necessidades e desejos dos trabalhadores.
Entendemos que o nosso estudo pode ser um ponto de partida para a investigação sobre os possíveis fatores de apoio envolvidos na questão da idade, uma vez que existe uma relação entre a perceção das práticas de GRH e a intenção de reforma.
Investigar e analisar o processo de
envelhecimento, na sua multidimensionalidade
dinâmica, deve ser um propósito fundamental
para enquadrar a intervenção em comunidades
envelhecidas. A Organização Mundial da
Saúde (WHO, 2016) refere que é essencial
adotar uma metodologia de recolha de dados
sobre a população idosa que fundamente e
valide políticas e estratégias integradoras,
segundo o modelo de envelhecimento ativo
(WHO, 2002). Também Skinner, Andrews &
Gutchin (2019), na mesma linha, argumentam
que o desenvolvimento da investigação, de
políticas e programas não pode ser feito sem
o conhecimento dos contextos onde ocorre
o envelhecimento, ou seja, onde é vivenciado,
por diferentes pessoas em diferentes lugares.
Por isso, é preciso contextualizar os processos
de envelhecimento nos territórios, de modo a
alicerçar políticas integradas de envelhecimento
que, de forma fundamentada, respondam às
reais necessidades das populações e apoiem o
aparecimento de novos modelos organizacionais
centrados nas especificidades dos recursos
existentes e nas características e expectativas
das populações.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
O envelhecimento demográfico é um desafio que nos últimos anos tem sido objeto de estudo na sociedade contemporânea. Todos tentam compreender o envelhecimento e intervir para reduzir os seus efeitos naturais, evitando a exclusão da pessoa idosa. Em Portugal e nas sociedades mais modernas o grande desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) geraram maior dependência para tratar de assuntos quotidianos por parte dos cidadãos. Neste contexto surgiu o interesse em realizar esta investigação com o objetivo de identificar os fatores socioculturais que influenciam a opção pela aprendizagem das TIC, em populações 50+ e conhecer os impactos desta aprendizagem no Bem-estar ao longo do processo de envelhecimento. Foi efetuada uma investigação exploratória descritiva de natureza qualitativa e quantitativa com uma amostra de 374 participantes que frequentaram as universidades seniores do distrito de Castelo Branco. Os instrumentos de colheita de dados utilizados foram a aplicação de questionários, respondidos pelos participantes supracitados e a realização de entrevistas semiestruturadas a cinco diretores e cinco professores de TIC destas universidades seniores. Os resultados mostram que os fatores que explicam a escolha pela aprendizagem das TIC relacionam-se com a atualização de conhecimentos, necessidade de estar ativo intelectualmente e utilizar melhor o computador, com impactos positivos, nomeadamente ao nível da memória, aptidões intelectuais,comunicação com familiares e amigos e inclusão digital.
Este artigo discute a temática das universidades seniores e do envelhecimento ativo e a sua importância na vida das pessoas idosas. Trata-se de uma revisão crítica de literatura que aborda o assunto do envelhecimento no contexto social a partir da oferta atual da participação das pessoas idosas nas universidades seniores. Analisa-se a fundação das universidades seniores, em nível internacional e nacional, dando-se destaque a uma universidade sénior localizada no interior de Portugal, mais concretamente na cidade de Castelo Branco, designada por Universidade Sénior Albicastrense (USALBI)
O recenseamento de 2011, cujo momento
censitário se fixou no dia 21 de Março
de 2011, é o último censo realizado, não
só porque é o mais recente mas, também,
porque provavelmente será o último que
se realiza nestes moldes mais clássicos.
É um censo que segue também uma linha
de inovação tecnológica, uma vez
que se apostou no e-Censos, ou seja,
na possibilidade de resposta pela Internet,
à semelhança do que já acontece em
outros países, sendo que cerca de 50%
da população respondeu através
deste meio.
Portugal enfrenta uma dinâmica demográfica de forte envelhecimento populacional. É crucial a adaptação das políticas sociais e económicas a esta realidade. Políticas renovadas que possam responder aos desafios sociais e económicos que importa colmatar aos idosos, às famílias e às instituições. A animação sociocultural assume-se como um importante contributo na melhoria da qualidade da oferta das respostas sociais aos idosos, bem como na promoção de melhores práticas gerontológicas.
Objetivo: O presente estudo pretende divulgar a importância que as práticas profissionais da área da animação sociocultural têm na vida das instituições e na qualidade das respostas sociais. Método: Foi realizado um diagnóstico a nível nacional sobre o contexto laboral dos animadores socioculturais, o seu exercício profissional, as expetativas relativamente ao futuro da atividade, e à qualidade das suas práticas profissionais. Resultados: Participou um total de 128 profissionais que demonstraram a sua perceção sobre a prática laboral nas instituições, contemplando três dimensões de análise: formativa, profissional e avaliativa. Resultados: a animação sociocultural tem um impacto positivo na qualidade dos serviços, sendo fator diferenciador. Constitui como instrumento de promoção empresarial/institucional. Conclusão: O impacto das atividades parece ser bastante positiva na melhoria da qualidade das respostas sociais e atividades oferecidas.
Na sociedade do presente e do futuro, novos são os desafios no diálogo idoso-tecnologia. O idoso assume uma consciência reflexiva que propicia a adaptação e desempenho de novos papéis e a (re)definição da sua atitude, na lógica da compreensão dos mecanismos que lhe permitirão assegurar “uma caminhada” mais saudável e feliz. O envelhecimento da população e a difusão das Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC) fazem parte da realidade de diversas regiões do mundo. Neste
contexto, surge a presente investigação, que teve como objetivo geral identificar os fatores socioculturais que influenciam a opção pela aprendizagem das TIC, em populações 50+, e conhecer os impactos desta aprendizagem no Bem-estar, ao longo do processo de envelhecimento. Foi realizado um estudo misto de carácter quantitativo/qualitativo, envolvendo uma amostra de 374 participantes que responderam a um questionário e 5 diretores de 5 universidades seniores do distrito de Castelo Branco, Portugal, que foram entrevistados através de entrevista semiestruturada. Os resultados vieram demonstrar que os fatores que explicam a escolha da aprendizagem das TIC incluem a necessidade de atualização de conhecimentos, estar ativo intelectualmente e utilizar com mais facilidade o computador. Os impactos no Bem-estar mental incidem no estímulo da memória, nas aptidões intelectuais e no raciocínio; no Bem-estar social incidem na comunicação, na participação na sociedade digital e na relação entre inclusão digital e social. Em termos conclusivos, as pessoas idosas têm uma visão maioritariamente positiva sobre o uso das TIC, porque contribui para uma participação mais consistente e com efeitos globalmente benéficos sobre o seu Bem-estar, havendo, no entanto, algumas dificuldades na utilização das ferramentas digitais por parte deste segmento populacional. O contexto social influencia a forma como a pessoa idosa lida com as TIC, podendo suprir a ausência física de pessoas mais próximas e aumentar a comunicação dentro e/ou fora do ambiente familiar, reforçando relações intergeracionais.
Trabalho de projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Este artigo resulta de uma investigação realizada nas Universidades Seniores do distrito de Castelo Branco, no ano letivo 2013/14. Este estudo teve como objetivo identificar os fatores socioculturais que influenciam e condicionam a opção pela aprendizagem das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e conhecer os impactos desta aprendizagem no Bem-estar (mental e social) ao longo do processo de envelhecimento. Os dados foram recolhidos através de um inquérito por questionário e realização de entrevistas semiestruturadas.
Os resultados permitiram verificar que a necessidade de comunicação, a socialização, o combate ao isolamento e a manutenção da atividade intelectual são os principais fatores socioculturais que influenciam a aprendizagem das TIC nestes participantes. O exercício da memória e das aptidões intelectuais, a participação e inclusão na sociedade digital, o sentimento de modernidade e a diminuição da solidão foram os impactos no “Bem-estar mental” e no “Bem-estar social” mais evidenciados.
Os dados demográficos apresentados por diversas entidades, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Eurostat, colocam Portugal como um país irreversivelmente envelhecido. O maior número de anos que as pessoas vivem deve ser acompanhado da preocupação constante de que vivam também
melhor, com acesso a serviços que respondam às suas necessidades e que garantam a qualidade de vida. Objetivo Conhecer a influência do envelhecimento ativo (EA) na qualidade de vida (QV) da pessoa idosa (de acordo com o conhecimento produzido). Materiais e Métodos Foi efetuada uma revisão integrativa da literatura, com base na seleção de 7 estudos, publicados no período temporal de 2015 a 2020.Resultados A qualidade de vida (QV) dos idosos, está associada a diversos determinantes, de que se salientam os recursos económicos, os apoios sociais e a habitação. Fatores como menos anos de escolaridade, ser dependente, viver isolado, a depressão e problemas económicos, contribuem para uma pior QV. Pessoas mais idosas, do género feminino, viúvas e que residem com os filhos, com menor nível de escolaridade, residentes em meio rural e com piores condições de habitação apresentam menor QV. Pessoas idosas de faixa etária mais baixa, independentes, com participação social ativa e com bons recursos financeiros apresentam
melhor qualidade de vida. Os determinantes do EA que mais contribuem para uma melhor QV são: uma boa natureza económica, uma boa rede social com amigos, vizinhos e familiares e a adoção de comportamentos saudáveis. Constatou-se que muitos dos determinantes do EA estão interligados entre si. Conclusões O envelhecimento ativo tem significativa influência na qualidade de vida da pessoa idosa, sendo importante alterar os estereótipos pré-concebidos da sociedade, em relação ao envelhecimento, devendo ser encarado como uma etapa natural em que também existem novas oportunidades e descobertas.
Este estudo investiga os fatores socioculturais que influenciam a aprendizagem das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e identifica os impactos desta aprendizagem no Bem-estar (mental e social). A investigação envolveu 374 cidadãos (50+anos), e os resultados apontam que, ao longo do processo de envelhecimento, a necessidade de comunicação e a manutenção da atividade intelectual são fatores preponderantes na aquisição de competências digitais, constituindo a inclusão e educação eixos fundamentais na aprendizagem ao longo da vida
As tecnologias digitais têm vindo a tornar-se omnipresentes nas mais variadas áreas e atividades. As aplicações digitais ou Apps têm-se revelado muito acessíveis e polivalentes. No entanto, as redes sociais digitais continuam a ser muito populares por permitirem promover espaços de diálogo onde se fomentam as relações interpessoais e se reduz o isolamento. A literatura tem evidenciado as potencialidades das tecnologias digitais na promoção de melhorias no processo de envelhecimento. Este artigo pretende mostrar os resultados de investigações realizadas com idosos com 50+ anos, que frequentam a Universidade Sénior Albicastrense, onde se tem utilizado as tecnologias digitais nos domínios cognitivo, motor e socio-afetivo. As investigações foram de caráter qualitativo no âmbito de um estudo exploratório. Uma das investigações realizadas utilizou o Facebook com o objetivo de averiguar o impacto ao nível do isolamento e relações interpessoais. Outra investigação fez uso das AppsNeuronation e Peak, tendo em vista a promoção de estímulos e treino cognitivo. Os resultados indiciam que os idosos que utilizam o Facebook podem ter um melhor envelhecimento ativo, pelo incremento nas relações interpessoais e redução do isolamento. Também ficou demonstrado que o uso de Apps pode constituir uma boa opção para a estimulação e o treino cognitivo, contribuindo para a prevenção de potenciais demências.
Dissertação apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
Tese de Doutoramento em Gerontologia apresentada à Universidade de Extremadura, Espanha
Perante o aumento do envelhecimento demográfico, a sociedade confronta-se com vários desafios: o declínio da população ativa, a pressão sobre o regime de pensões, as finanças públicas, a necessidade de se criarem redes formais de prestação de cuidados e serviços para a população idosa, bem como a melhoria da sua qualidade de vida. É neste seguimento, que se devem de criar medidas, programas e políticas que respondam a estes desafios.
O objetivo do nosso estudo era identificar as necessidades dos idosos da freguesia do Mosteiro. Este estudo é de caracter descritivo, pois pretendeu-se estudar, compreender e explicar a situação actual do objecto de investigação (Carmo & Ferreira, 2008). Usou-se como instrumento de recolha de dados um questionário dirigido aos indivíduos com 65 e mais anos, para identificar as suas necessidades e expectativas. A amostra é de 35 inquiridos, que foram desagregados em dois grupos com idades compreendidas entre os 65 e os 74 anos, idosos ainda jovens e ativos, e indivíduos com 75 e mais anos, idosos mais velhos. O questionário aplicado pretendeu fazer um levantamento quais serão as suas necessidades e expetativas em relação ao seu envelhecimento e, em relação à prestação de serviços; refletir a cerca das mudanças que deverão ocorrer ao nível das respostas sociais existentes; perceber que desafios é que são colocados à Junta de Freguesia do Mosteiro e a Câmara Municipal de Oleiros pelo fenómeno do envelhecimento e propor uma proposta de intervenção, que se adeque às necessidades dos atuais idosos Chegou-se à conclusão, que se trata de uma freguesia com um elevado grau de envelhecimento, que a maioria dos atuais idosos têm baixos rendimentos, e baixos níveis de escolaridade, a nível habitacional, apresentam também algumas fragilidades, bem como a nível de saúde, e também de solidão e isolamento, a maioria dos idosos, também não têm apoio nem acompanhamento, quando precisam de recorrer a um determinado serviço, e veem com preocupação o seu próprio envelhecimento. Apurou-se ainda que tanto o Concelho de Oleiros, como a Freguesia do Mosteiro, irão deparar-se, no futuro, com vários desafios, que o envelhecimento irá trazer, uma vez que a tendência é o aumento do número de idosos.
Objetivo: Analisar o impacto que as atividades de animação sociocultural têm na qualidade dos serviços prestados no âmbito da terceira idade, percecionado pelos respetivos profissionais da animação sociocultural. Pretende-se verificar a importância que a profissão revela ter na qualidade das instituições e das respostas sociais no âmbito da terceira idade e do envelhecimento saudável.
Metodologia: Foi realizado um diagnóstico a nível nacional sobre o contexto laboral dos animadores socioculturais, o seu exercício profissional, as expetativas relativamente ao futuro da atividade, à qualidade e ao impacto das suas práticas profissionais no âmbito da terceira idade. A amostra de 134 animadores socioculturais respondeu a um questionário online sobre a prática profissional e o impacto das instituições da terceira idade. Resultados: verificou-se que os animadores socioculturais consideram a prática das atividades importantes nestas instituições, contribuindo de forma positiva para a qualidade de vida das pessoas idosas. A animação sociocultural parece ter um impacto positivo na qualidade dos serviços, sendo fator diferenciador entre as instituições. Constitui, por isso, instrumento de promoção empresarial/institucional. Conclusão: O impacto das atividades parece ser bastante positivo na melhoria da qualidade das respostas sociais e atividades oferecidas.
Tese de Doutoramento em Engenharia Química, Universidade Técnica de Lisboa, 2004
O processo de envelhecimento acarreta um conjunto de limitações que lhe são inerentes como resultado de uma natural degeneração física, fisiológica e mental com repercussões negativas que se manifestam em perdas da mobilidade, em perdas de memória e também com implicações que afetam as relações e os contactos sociais. Com o objetivo de evitar e de retardar esta situação, no âmbito do conceito associado ao envelhecimento ativo, as entidades de saúde defendem que o idoso deve praticar uma atividade física regular para que se possa manter autónomo, ativo e mais independente. Neste contexto, os Exergames podem constituir uma nova e diferente estratégia conducente à promoção de condições para que os idosos possam praticar um conjunto variado de jogos os quais, em simultâneo, desencadeiam a realização de atividades físicas. Para o efeito, realizou-se um estudo exploratório que envolveu 4 idosos que se encontravam institucionalizados (amostra por conveniência), onde se promoveram 4 sessões com a consola de Jogos Nintendo Wii®. Nestas sessões avaliou-se o impacto da realização de jogos ao nível da mobilidade dos idosos. Os resultados evidenciaram uma grande motivação e envolvimento dos idosos, observando-se melhorias ao nível da mobilidade e também ao nível das relações interpessoais. Estes resultados, ainda que de caráter exploratório, permitem indiciar que esta estratégia pode ser considerada com uma hipótese credível para uma melhoria da mobilidade e, pelo envolvimento sócio-afetivo observado entre os participantes, mostrou potencialidades para incrementar as relações sociais e, desta feita, proporcionar condições para a redução da solidão e do isolamento, situações tão comuns junto da população idosa.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-28936TFCEV.
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, com vista à obtenção do grau de Mestre em Educação Física na Especialidade de Gerontomotricidade.