O desporto
1997-
Qualidade de vida em adultos idosos com dificuldade intelectual e desenvolvimental institucionalizados
Type
masterThesis
Identifier
203046064
Title
Qualidade de vida em adultos idosos com dificuldade intelectual e desenvolvimental institucionalizados
Contributor
Mesquita, Maria Helena Ferreira de Pedro
Santos, Ana Sofia Pedrosa Gomes dos
Santos, Ana Sofia Pedrosa Gomes dos
Subject
Avaliação
Qualidade de vida
Envelhecimento
Dificuldades intelectuais e desenvolvimentais
Institucionalização
Intelectual and developmental disability
Ageing
Quality of life
Assessment
Institutionalization
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Qualidade de vida
Envelhecimento
Dificuldades intelectuais e desenvolvimentais
Institucionalização
Intelectual and developmental disability
Ageing
Quality of life
Assessment
Institutionalization
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Date
2022-08-01T09:13:28Z
2022-08-01T09:13:28Z
2022
2022-08-01T09:13:28Z
2022
Description
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Especial- Domínio Cognitivo e Motor.
O conceito de qualidade de vida (QdV) tem sido objeto de interesse nacional crescente, como agente de mudança política e de provisão de apoios a pessoas com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais (DID). A QdV caracteriza-se pela sua multidimensionalidade (domínios iguais para todos) na interação da pessoa no contexto, e contemplando aspetos objetivos e subjetivos. Apesar da avaliação da QdV contribuir para a certificação de qualidade dos serviços prestados, são escassas as evidências nacionais ao nível das pessoas idosas com DID (+45 anos), fundamentando o objetivo deste estudo: analisar os índices dos resultados pessoais e QdV deste subgrupo, identificando os domínios mais e menos valorizados, bem como recolher pistas para um planeamento centrado na pessoa. A Escala Pessoal de Resultados, na sua dupla versão de autorrelato e relato por terceiros, foi aplicada a: 166 adultos, entre os 45 e 68 anos (51.08±5.90), 79 do género feminino e 87 do género masculino, com DID e institucionalizados; 134 cuidadores formais, entre os 23 e 58 anos (38.19±9.36), 17 do género masculino e 117 do género feminino, a exercer funções variadas na instituição; e 39 familiares, entre os 21 e 89 anos (61.62±17.95), 8 do género masculino e 31 do género feminino. Os participantes em contextos comunitários detêm melhores valores médios na maioria dos domínios, encontrando-se diferenças significativas, com tamanhos de efeitos tendencialmente grandes/muito, grandes (d>.80), nas duas versões, nas diversas variáveis analisadas (p<.05): género, nível de severidade, tipo de escola e escolaridade/nível de habilitações literárias, local de residência, tipo de deslocação, valência, atividades assumidas diariamente e situação profissional. Realça-se a tendência para a concordância de respostas entre as pessoas com DID e os seus cuidadores (formais e informais), apesar de melhores valores médios na versão autorrelatada. Os domínios tendencialmente mais valorizados são: relações interpessoais, bem-estar físico, emocional e material, com os domínios desenvolvimento pessoal (valores médios superiores) e os direitos a aparecerem como menos relevantes. Os resultados apontam para a necessidade de se integrar a perceção subjetiva das pessoas idosas com DID institucionalizadas em todas as decisões sobre a sua própria vida, para planeamentos centrados nas preferências/interesses pessoais contextualizados nos valores socioculturais e de acordo a fase de vida, em ambientes comunitários.
There has been an increasing interest about the Quality of lide (QOL) construct, as guideline towards policies and services and supports provision to persons with intellectual and developmental disabilities (IDD). The QOL is a multidimensional concept (same domais for all), focused on the person-environment interaction, and integrating both objective and subjective perspective. The personal outcomes will allow the assessment and quality certification process. It is still scarce the knowledge about the QOL of older people with IDD (over 45-years). Therefore, our goal is to analyse the personal results and the QOL of the elderly with IDD, trying to identify their QOL index and their satisfaction with life, as well as advancing with some clues to real person-centred plans. The Portuguese version of Personal Outcomes Scale, in its both versions (self-report and report of others), was applied to 166 adults, between 40 and 68 years (51.08±5.90), 79 females and 87 males, with IDD institutionalized; 134 formal caregivers, from 23 to 58 years-old (38.19±9.36), 17 males and 117 females; and 39 family members, between 21 and 89 years-old (61.62±17.95), 8 males and 31 females. The participants in community settings reported better mean scores in most of domains, with significant differences (p<.05), with great effects sizes (d>.80) in both versions, and in all analysed variables: gender, severity level, type of school, academic level, living circunstances, mobility to and from institutions, valence, type of daily activities and professional situation. Participants tend to agree on the majority of itens/domains, although a slighty better results in total score mean in self-report version. Interpersonal Relation, Physical, Emotional and Material well-being, were the domains with better mean scores. Domais less valued were rights and personal development. Findings reinforce the need to integrate the subjective perception of the elderly with IDD in all decisions about their own life. Organizations should restructure their services and supports for more person-centred plannings, based on each individual preferences/interests, aligned with sociocultural values and according to life stage, in community settings.
O conceito de qualidade de vida (QdV) tem sido objeto de interesse nacional crescente, como agente de mudança política e de provisão de apoios a pessoas com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais (DID). A QdV caracteriza-se pela sua multidimensionalidade (domínios iguais para todos) na interação da pessoa no contexto, e contemplando aspetos objetivos e subjetivos. Apesar da avaliação da QdV contribuir para a certificação de qualidade dos serviços prestados, são escassas as evidências nacionais ao nível das pessoas idosas com DID (+45 anos), fundamentando o objetivo deste estudo: analisar os índices dos resultados pessoais e QdV deste subgrupo, identificando os domínios mais e menos valorizados, bem como recolher pistas para um planeamento centrado na pessoa. A Escala Pessoal de Resultados, na sua dupla versão de autorrelato e relato por terceiros, foi aplicada a: 166 adultos, entre os 45 e 68 anos (51.08±5.90), 79 do género feminino e 87 do género masculino, com DID e institucionalizados; 134 cuidadores formais, entre os 23 e 58 anos (38.19±9.36), 17 do género masculino e 117 do género feminino, a exercer funções variadas na instituição; e 39 familiares, entre os 21 e 89 anos (61.62±17.95), 8 do género masculino e 31 do género feminino. Os participantes em contextos comunitários detêm melhores valores médios na maioria dos domínios, encontrando-se diferenças significativas, com tamanhos de efeitos tendencialmente grandes/muito, grandes (d>.80), nas duas versões, nas diversas variáveis analisadas (p<.05): género, nível de severidade, tipo de escola e escolaridade/nível de habilitações literárias, local de residência, tipo de deslocação, valência, atividades assumidas diariamente e situação profissional. Realça-se a tendência para a concordância de respostas entre as pessoas com DID e os seus cuidadores (formais e informais), apesar de melhores valores médios na versão autorrelatada. Os domínios tendencialmente mais valorizados são: relações interpessoais, bem-estar físico, emocional e material, com os domínios desenvolvimento pessoal (valores médios superiores) e os direitos a aparecerem como menos relevantes. Os resultados apontam para a necessidade de se integrar a perceção subjetiva das pessoas idosas com DID institucionalizadas em todas as decisões sobre a sua própria vida, para planeamentos centrados nas preferências/interesses pessoais contextualizados nos valores socioculturais e de acordo a fase de vida, em ambientes comunitários.
There has been an increasing interest about the Quality of lide (QOL) construct, as guideline towards policies and services and supports provision to persons with intellectual and developmental disabilities (IDD). The QOL is a multidimensional concept (same domais for all), focused on the person-environment interaction, and integrating both objective and subjective perspective. The personal outcomes will allow the assessment and quality certification process. It is still scarce the knowledge about the QOL of older people with IDD (over 45-years). Therefore, our goal is to analyse the personal results and the QOL of the elderly with IDD, trying to identify their QOL index and their satisfaction with life, as well as advancing with some clues to real person-centred plans. The Portuguese version of Personal Outcomes Scale, in its both versions (self-report and report of others), was applied to 166 adults, between 40 and 68 years (51.08±5.90), 79 females and 87 males, with IDD institutionalized; 134 formal caregivers, from 23 to 58 years-old (38.19±9.36), 17 males and 117 females; and 39 family members, between 21 and 89 years-old (61.62±17.95), 8 males and 31 females. The participants in community settings reported better mean scores in most of domains, with significant differences (p<.05), with great effects sizes (d>.80) in both versions, and in all analysed variables: gender, severity level, type of school, academic level, living circunstances, mobility to and from institutions, valence, type of daily activities and professional situation. Participants tend to agree on the majority of itens/domains, although a slighty better results in total score mean in self-report version. Interpersonal Relation, Physical, Emotional and Material well-being, were the domains with better mean scores. Domais less valued were rights and personal development. Findings reinforce the need to integrate the subjective perception of the elderly with IDD in all decisions about their own life. Organizations should restructure their services and supports for more person-centred plannings, based on each individual preferences/interests, aligned with sociocultural values and according to life stage, in community settings.
Access restrictions
openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Language
por
Comments