Burnout
Vara, Natália
2009
Type
masterThesis
Creator
Publisher
Identifier
NEVES, Ana Lúcia Caneiro (2011) - Risco ambiental associado às explorações mineiras abandonadas na Mata da Rainha (Penamacor). Castelo Branco : IPCB. ESA. 51 p. Dissertação de Mestrado.
Title
Risco ambiental associado às explorações mineiras abandonadas na Mata da Rainha (Penamacor)
Contributor
Antunes, Isabel Margarida Horta Ribeiro
Carvalho, Paula Cristina Simões de
Carvalho, Paula Cristina Simões de
Subject
Poluição da água
Contaminação
Perigo para a saúde
Saúde pública
Contaminação
Perigo para a saúde
Saúde pública
Date
2011-07-22T10:20:43Z
2011-07-22T10:20:43Z
2011
2011-07-22T10:20:43Z
2011
Description
Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do Grau de Mestre em Monitorização de Riscos e Impactos Ambientais.
Na região da Mata da Rainha (Penamacor, centro de Portugal) ocorreram diversas explorações mineiras de estanho e volfrâmio localizadas no seguimento da faixa de mineralizações de Sn-W de Góis - Segura. Esta área mineira é constituída por oito concessões, associadas a um jazigo mineral constituído por vários filões de quartzo mineralizados que ocorrem atravessando os xistos do complexo xisto-grauváquico e o granito, dominantes na área. São conhecidas explorações mineiras de cassiterite (SnO2) e volframite (Fe,Mn(WO4)), com rara scheelite (CaWO4) e, por vezes, pirite (FeS2) e arsenopirite (FeAsS2) associadas. Nestas explorações mineiras, actualmente abandonadas, nenhum trabalho de recuperação ambiental foi desenvolvido após o seu encerramento, sendo possível encontrar inúmeras galerias e algumas escombreiras dispersas pela área. É uma zona rural onde a agricultura constitui uma actividade presente e dispersa conjuntamente com a ocorrência de estruturas mineralizadas e antigas explorações mineiras. Com este trabalho pretende-se avaliar o risco ambiental e para a saúde humana, associado a estas antigas explorações, nomeadamente através da mobilidade de elementos metálicos, desde as estruturas mineralizadas até às águas. Para tal, foram seleccionados dezoito pontos de amostragem, estando dois localizados fora da influência da exploração mineira. Estes pontos de água, distribuídos por linhas de água, albufeiras ou retenções de água, galerias de mina e poços foram analisados em quatro colheitas ao longo de um ano, de modo a estudar a variabilidade espacial e temporal. Na área de estudo predominam águas próximo da neutralidade (pH 5,5), sendo classificadas dominantemente como sódico-potássicas, bicarbonatadas, sulfatadas e de tipo indefinido. A aplicação da Análise em Componentes Principais (ACP) permitiu verificar a separação em grupos de elementos de acordo com os seus comportamentos e interdependência. Deste modo, obtiveram-se as associações de variáveis constituídas por: Cu, Al, Zn, B, Sr, Li, Cd, Pb, Ni, Co, Cr, NO2 -; Na, K, Ca, Mg, Cl, SO4 2-, condutividade eléctrica em oposição ao pH; Eh; Fe; As. A maioria das águas da Mata da Rainha estão contaminadas em F, NO2 -, Fe, Mn, Cu, Al, Pb e As pois ultrapassam o valor paramétrico para consumo humano definido na legislação portuguesa, pelo menos em uma das colheitas realizadas. De um modo geral, podem ser utilizadas para rega, excepto nalguns pontos de amostragem com teores de F, Mn, Cu e Co superiores ao valor máximo recomendado. Os teores elevados destes elementos podem constituir um potencial perigo para a saúde humana.
Na região da Mata da Rainha (Penamacor, centro de Portugal) ocorreram diversas explorações mineiras de estanho e volfrâmio localizadas no seguimento da faixa de mineralizações de Sn-W de Góis - Segura. Esta área mineira é constituída por oito concessões, associadas a um jazigo mineral constituído por vários filões de quartzo mineralizados que ocorrem atravessando os xistos do complexo xisto-grauváquico e o granito, dominantes na área. São conhecidas explorações mineiras de cassiterite (SnO2) e volframite (Fe,Mn(WO4)), com rara scheelite (CaWO4) e, por vezes, pirite (FeS2) e arsenopirite (FeAsS2) associadas. Nestas explorações mineiras, actualmente abandonadas, nenhum trabalho de recuperação ambiental foi desenvolvido após o seu encerramento, sendo possível encontrar inúmeras galerias e algumas escombreiras dispersas pela área. É uma zona rural onde a agricultura constitui uma actividade presente e dispersa conjuntamente com a ocorrência de estruturas mineralizadas e antigas explorações mineiras. Com este trabalho pretende-se avaliar o risco ambiental e para a saúde humana, associado a estas antigas explorações, nomeadamente através da mobilidade de elementos metálicos, desde as estruturas mineralizadas até às águas. Para tal, foram seleccionados dezoito pontos de amostragem, estando dois localizados fora da influência da exploração mineira. Estes pontos de água, distribuídos por linhas de água, albufeiras ou retenções de água, galerias de mina e poços foram analisados em quatro colheitas ao longo de um ano, de modo a estudar a variabilidade espacial e temporal. Na área de estudo predominam águas próximo da neutralidade (pH 5,5), sendo classificadas dominantemente como sódico-potássicas, bicarbonatadas, sulfatadas e de tipo indefinido. A aplicação da Análise em Componentes Principais (ACP) permitiu verificar a separação em grupos de elementos de acordo com os seus comportamentos e interdependência. Deste modo, obtiveram-se as associações de variáveis constituídas por: Cu, Al, Zn, B, Sr, Li, Cd, Pb, Ni, Co, Cr, NO2 -; Na, K, Ca, Mg, Cl, SO4 2-, condutividade eléctrica em oposição ao pH; Eh; Fe; As. A maioria das águas da Mata da Rainha estão contaminadas em F, NO2 -, Fe, Mn, Cu, Al, Pb e As pois ultrapassam o valor paramétrico para consumo humano definido na legislação portuguesa, pelo menos em uma das colheitas realizadas. De um modo geral, podem ser utilizadas para rega, excepto nalguns pontos de amostragem com teores de F, Mn, Cu e Co superiores ao valor máximo recomendado. Os teores elevados destes elementos podem constituir um potencial perigo para a saúde humana.
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