Cão
Burton, Jane
cop. 1994
Type
conferenceObject
Creator
Publisher
Identifier
CASTILHO, M.L.C. (2020) - O património sonoro da Ordem de Cristo nas visitações do século XVI na região de Castelo Branco. In RAPOSO, F. ; REGINA, F. ; CARVALHINHO, M. (Coord.) - Reflexões sobre Património, Educação e Cultura - I Encontro de Património, Educação e Cultura, CIPEC-IPCB. Castelo Branco : RVJ Editores. p. 147-152. ISBN 978-989-54750-3-2.
978-989-54750-3-2
Title
O património sonoro da Ordem de Cristo nas visitações do século XVI na região de Castelo Branco
Subject
Património sonoro
Ordem de Cristo
Rito
Ordem de Cristo
Rito
Date
2020-12-23T13:04:04Z
2020-12-23T13:04:04Z
2020
2020-12-23T13:04:04Z
2020
Description
Só estão disponíveis o resumo e os metadados.
O vasto território da Ordem de Cristo estava dividido em comendas, que eram um espaço territorial delimitado dentro do qual os freires cavaleiros atuavam como autoridade senhorial, em nome do Mestre, e de acordo com o poder que lhe fora delegado, usufruindo dos seus bens e rendimentos e assim sustentando a própria Ordem. A Zona de Castelo Branco, mais concretamente entre o Zêzere e o Tejo, continha muitos destes espaços. Estas propriedades continham um conjunto de casas, capelas, igrejas, fortificações ou castelos. No sentido de identificar bens patrimoniais e práticas de conduta, especialmente de carater religioso, no sentido de retificar procedimentos e administrar bens e direitos de forma mais eficaz, a Ordem, com a sua sede no Convento de Tomar, instituiu Visitações às Comendas. Estas foram estabelecidas no Capítulo Geral que se realizou no Convento de Tomar a 5 de Dezembro de 1503, tendo nascido a Regra e Deffiniçõoes da ordem do mestrado de nosso Senhor Jhesu Christo. O processo das Visitações deveriam efetuar-se a todas as comendas e propriedades da Ordem, sendo escolhidos para Visitadores dois religiosos da Ordem. O seu objetivo era registar um inventário dos bens da comenda e do seu estado e, como tal, constituem exames importantes para avaliação do seu património temporal e espiritual. Os estudos atuais sobre as comendas das Ordens em geral e na de Cristo em particular salientam sobretudo o conhecimento da sua administração e gestão entregando para segundo plano a apresentação do património cultural. É neste sentido que, a partir do estudo realizado por José Joaquim M. Hormigo, Visitações da Ordem de Cristo em 1505 e 1537 (1981), juntamente com um levamento de informações, utilizando documentos vários, como a normativa da Ordem, Regimentos, Estatutos e Constituições se retiraram informações sobre os aspetos vários do património sonoro, nomeadamente, os coros, os campanários ou as campainhas, além do quotidiano litúrgico e obrigações do capelão. Mas o mais interessante é as informações que se retiram sobre os livros litúrgicos, muitos deles com notação musical, utilizados nas capelas e igrejas de cada comenda visitada, o que nos dá indícios da existência de uma prática musical organizada no quadro da Missa e do Ofício Divino. Outro aspeto interessante e revelador é o tipo de rito que se praticava nesta região que estava simultaneamente sob a alçada do bispado da Guarda.
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
O vasto território da Ordem de Cristo estava dividido em comendas, que eram um espaço territorial delimitado dentro do qual os freires cavaleiros atuavam como autoridade senhorial, em nome do Mestre, e de acordo com o poder que lhe fora delegado, usufruindo dos seus bens e rendimentos e assim sustentando a própria Ordem. A Zona de Castelo Branco, mais concretamente entre o Zêzere e o Tejo, continha muitos destes espaços. Estas propriedades continham um conjunto de casas, capelas, igrejas, fortificações ou castelos. No sentido de identificar bens patrimoniais e práticas de conduta, especialmente de carater religioso, no sentido de retificar procedimentos e administrar bens e direitos de forma mais eficaz, a Ordem, com a sua sede no Convento de Tomar, instituiu Visitações às Comendas. Estas foram estabelecidas no Capítulo Geral que se realizou no Convento de Tomar a 5 de Dezembro de 1503, tendo nascido a Regra e Deffiniçõoes da ordem do mestrado de nosso Senhor Jhesu Christo. O processo das Visitações deveriam efetuar-se a todas as comendas e propriedades da Ordem, sendo escolhidos para Visitadores dois religiosos da Ordem. O seu objetivo era registar um inventário dos bens da comenda e do seu estado e, como tal, constituem exames importantes para avaliação do seu património temporal e espiritual. Os estudos atuais sobre as comendas das Ordens em geral e na de Cristo em particular salientam sobretudo o conhecimento da sua administração e gestão entregando para segundo plano a apresentação do património cultural. É neste sentido que, a partir do estudo realizado por José Joaquim M. Hormigo, Visitações da Ordem de Cristo em 1505 e 1537 (1981), juntamente com um levamento de informações, utilizando documentos vários, como a normativa da Ordem, Regimentos, Estatutos e Constituições se retiraram informações sobre os aspetos vários do património sonoro, nomeadamente, os coros, os campanários ou as campainhas, além do quotidiano litúrgico e obrigações do capelão. Mas o mais interessante é as informações que se retiram sobre os livros litúrgicos, muitos deles com notação musical, utilizados nas capelas e igrejas de cada comenda visitada, o que nos dá indícios da existência de uma prática musical organizada no quadro da Missa e do Ofício Divino. Outro aspeto interessante e revelador é o tipo de rito que se praticava nesta região que estava simultaneamente sob a alçada do bispado da Guarda.
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Access restrictions
restrictedAccess
Language
por
Comments