Diagnóstico e evoluçäo das afasias de causa vascular
Caldas, Alexandre Castro
1979
Efeito da suplementação energética e azotada na digestibilidade e na cinética da fermentação in vitro de alimentos fibrosos
Type
doctoralThesis
Creator
Identifier
RODRIGUES, António Manuel Moitinho Nogueira (2000) - Efeito da suplementação energética e azotada na digestibilidade e na cinética da fermentação in vitro de alimentos fibrosos. Vila Real : [s.n.]. Tese de Doutoramento.
101091680
Title
Efeito da suplementação energética e azotada na digestibilidade e na cinética da fermentação in vitro de alimentos fibrosos
Subject
Alimento para animais
Digestibilidade
Experimentação in vitro
Ruminante
Digestibilidade
Experimentação in vitro
Ruminante
Date
2009-12-02T16:17:44Z
2009-12-02T16:17:44Z
2000
2009-12-02T16:17:44Z
2000
Description
Na primeira parte do trabalho efectuámos uma revisão bibliográfica
abordando algumas particularidades da alimentação dos ruminantes, animais que
desempenham um papel determinante na manutenção dos sistemas de agricultura
sustentada (Capítulo 2).
No Capítulo 3 demos ênfase à caracterização da estrutura da parede celular e
aos factores que afectam a sua digestibilidade.
Desenvolvemos depois (Capítulo 4) aspectos relacionados com os processos
de degradação da parede celular. Os microrganismos presentes no rúmen, produzem
uma multiplicidade de enzimas que conferem ao ecossistema ruminal particularidades
específicas que permitem ao ruminante utilizar alimentos fibrosos.
No Capítulo 5, abordámos o metabolismo azotado da população microbiana
do rúmen, referindo aspectos relacionados com a síntese dos seus constituintes
azotados, com a degradação do azoto proteico e não proteico e com a eficiência
microbiana e crescimento.
Na parte experimental do nosso trabalho analisámos os efeitos que diferentes
níveis de suplementação de dois alimentos forrageiros, com uma fonte azotada (ureia)
e uma fonte energética (polpa de citrinos desidratada), tiveram na cinética de
fermentação in vitro e na digestibilidade in vitro daqueles alimentos fibrosos. Para o
efeito usámos um feno de prado natural e uma palha de trigo que foram estudados
individualmente ou em mistura com a polpa de citrinos desidratada e/ou ureia. A
cinética de fermentação foi determinada utilizando o método da produção de gás, com
as amostras a serem incubadas durante 96 horas com licor de rúmen mais uma
solução nutritiva tampão. O modelo logístico de duas fases foi utilizado para descrever
a cinética de fermentação in vitro.
Numa primeira fase (Capítulo 6), verificámos que a adição de ureia, entre
valores que variaram de 1,43% a 3,91% da MS, provocou o aumento do tempo de
latência e uma progressiva diminuição dos valores obtidos para o volume de gás
produzido e para a taxa máxima de produção de gás das primeira e segunda fases de
fermentação, e para o volume total de gás produzido durante as 96 horas de
incubação. A adição de polpa de citrinos melhorou significativamente a produção de
gás e a taxa máxima de produção de gás da primeira fase de fermentação e o volume
total de gás produzido durante o período de incubação, reflectindo maior actividade
microbiana no início da incubação do susbtrato. A ureia, como única fonte azotada
suplementar de fenos e palhas, só deverá ser adicionada se também for usado umsuplemento energético. Com excepção dos substratos em que só foi utilizada polpa de
citrinos+ureia, a produção de gás na segunda fase de fermentação foi
significativamente maior do que na primeira fase.
No Capítulo 7, verificámos que os resultados médios obtidos para as
digestibilidades in vitro da MS e do NDF, determinadas após 48 horas e 96 horas de
incubação, foram idênticos. Analisando caso a caso, encontrámos diferenças
significativas em 58,3% dos substratos. Verificámos que, os coeficientes de correlação
e de determinação calculados entre a digestibilidade in vitro da MS e do NDF ao fim de
48 horas de incubação e os parâmetros que definem a cinética de fermentação e o
conteúdo das amostras em NDF, ADF, hemicelulose e celulose, foram mais elevados
do que quando se considerou digestibilidade in vitro após 96 horas de incubação.
Concluímos que, enquanto não estiverem disponíveis maior número de resultados, a
digestibilidade da MS e do NDF deve ser sempre calculada após 48 horas de
incubação. Os coeficientes de determinação muito elevados entre a digestibilidade in
vitro da matéria seca após 48 horas de incubação e o volume de gás produzido na
primeira fase de fermentação, a taxa máxima de produção de gás na primeira fase e o
volume total de gás durante o período de incubação permitiram calcular equações de
regressão (0,969<r2>0,852), que poderão ser utilizadas para estimar, com rigor, a
digestibilidade in vitro da matéria seca dos alimentos a partir de alguns valores que
definem a cinética de fermentação in vitro. A partir dos coeficientes de correlação
negativos elevados, determinados entre a fracção ADL das amostras e a
digestibilidade in vitro da MS (r=-0,901) e do NDF (r=-0,622), concluímos que a lenhina
influenciou negativamente a digestibilidade dos substratos. O modelo logístico de duas
fases permitiu estimar com precisão os parâmetros que definem a cinética da
fermentação in vitro mesmo utilizando substratos com uma composição química muito
diferente. Os coeficientes de determinação (r2) calculados foram muito elevados
variando entre 0,998 e 0,989. Determinámos coeficientes de correlação elevados
(0,797<r>0,614) entre o tempo de latência e a quantidade de NDF, ADF, ADL,
hemicelulose e celulose presente na amostra. Verificámos que a quantidade de
substrato efectivamente degradado necessária para a produção de 1 ml de gás,
diminuiu com o aumento da digestibilidade in vitro dos alimentos e determinámos uma
correlação elevada entre a quantidade de substrato efectivamente degradado, e os
volumes de gás produzidos na primeira fase de fermentação e durante todo o período
de incubação.
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