O jogo e o desporto
S'Jongers, Jean-Jacques
[1975]
Type
masterThesis
Creator
Identifier
202214702
Title
Sentimentos de solidão e depressão em idosos institucionalizados
Contributor
Moreira, Maria João da Silva Guardado
Subject
Envelhecimento
Institucionalização
Idoso
Solidão e depressão
Aging
Institutionalization
Elderly
Loneliness and depression
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Institucionalização
Idoso
Solidão e depressão
Aging
Institutionalization
Elderly
Loneliness and depression
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Date
2019-04-15T08:12:57Z
2019-04-15T08:12:57Z
2019-03-13
2019-04-15T08:12:57Z
2019-03-13
Description
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Os estudos demográficos têm apresentado o envelhecimento populacional como um dos mais importantes fenómenos do século XXI. As sociedades modernas são estruturas duplamente envelhecidas, caracterizadas por uma maior longevidade dos seus membros e por uma menor taxa de natalidade. Portugal, não foge a este fenómeno, confrontando-se a sociedade atual com desafios múltiplos a nível social, económico cultural e político para minorar as consequências desta esta realidade. A institucionalização da pessoa idosa foi uma das respostas sociais criadas com o objetivo de evitar o isolamento, a solidão, o aparecimento de incapacidades e dificuldades, tendo por fim último o bem-estar dos idosos. No entanto, a literatura tem mostrado que os idosos institucionalizados, apesar de estarem diariamente rodeados de pessoas, evidenciam sentimentos de solidão e apresentam sintomas de depressão. Ao ser institucionalizado, o idoso confronta-se com uma realidade muito diferente da habitual ao longo da sua trajetória de vida, desde a convivência com outros utentes e profissionais, muitas vezes desconhecidos, espaços físicos diferenciados, um conjunto de regras, normas e rotinas que podem levar à perceção da perda da sua intimidade, da privacidade, da autonomia, da responsabilidade das decisões pessoais que, em alguns casos, podem originar solidão e quadros depressivos. Com o objetivo de estudar se a institucionalização da pessoa idosa pode condicionar o aparecimento de sentimentos de solidão e sintomas depressivos, foi delineado um trabalho de projeto constituído por duas partes. A primeira parte integra uma revisão da literatura sobre as problemáticas do envelhecimento e da relação entre a institucionalização e o desenvolvimento de sentimentos de solidão e de depressão. A segunda parte integra uma investigação de tipo descritivo, com suporte numa metodologia quantitativa, realizada a uma amostra de 30 idosos institucionalizados. Foram utilizados os seguintes instrumentos de recolha de dados: um questionário sociodemográfico, a Escala de Solidão da UCLA e a Escala Geriátrica da Depressão (EGD). De um modo geral, os resultados do estudo demonstram que a institucionalização é percecionada de forma positiva, apresentando índices baixos de sentimentos de solidão e de depressão. Pode concluir-se que, na amostra em estudo, a institucionalização não condiciona o surgimento de sentimentos de solidão e de quadros depressivos.
Demographic studies have presented population ageing as one of the most important phenomenon of the 21st century. Modern societies are double-aged structures, characterized by a greater longevity of their members and a lower birth rate. Portugal, does not escape this phenomenon, confronting the current society with multiple challenges at social, economic, cultural and political level to alleviate the consequences of this reality. The institutionalization of the elderly person was one of the social responses created in order to avoid isolation, loneliness and the emergence of disabilities and difficulties, being it’s final purpose the welfare of the elderly. However, literature has shown that institutionalized elders, despite being surrounded by people daily, show feelings of loneliness and present symptoms of depression. When institutionalized, the elderly confronts a reality very different from that experienced throughout a lifetime, from coexistence with others and professionals, often unknown, differentiated physical spaces, a set of rules, norms and routines that can lead to the perception of the loss of their intimacy, privacy, autonomy, the responsibility to make personal decisions that, in some cases, can cause loneliness and depression. In order to study whether the institutionalization of the elderly person can condition the appearance of feelings of loneliness and depressive symptoms, a project work consisting of two parts was delineated. The first part includes a revision of the literature on the problems of ageing and the relationship between institutionalization and the development of feelings of loneliness and depression. The second part integrates a descriptive type of research, with support in a quantitative methodology, carried out to a sample of 30 institutionalized elderly individuals. The following data collection tools were used: A demographic survey, UCLA's loneliness scale and the Geriatric Depression Scale (GDS). In general, the results of the study show that institutionalization is understood in a positive way, presenting low indexes of feelings of loneliness and depression. It can be concluded that, in the sample under study, institutionalization does not condition the emergence of feelings of loneliness and depression.
Os estudos demográficos têm apresentado o envelhecimento populacional como um dos mais importantes fenómenos do século XXI. As sociedades modernas são estruturas duplamente envelhecidas, caracterizadas por uma maior longevidade dos seus membros e por uma menor taxa de natalidade. Portugal, não foge a este fenómeno, confrontando-se a sociedade atual com desafios múltiplos a nível social, económico cultural e político para minorar as consequências desta esta realidade. A institucionalização da pessoa idosa foi uma das respostas sociais criadas com o objetivo de evitar o isolamento, a solidão, o aparecimento de incapacidades e dificuldades, tendo por fim último o bem-estar dos idosos. No entanto, a literatura tem mostrado que os idosos institucionalizados, apesar de estarem diariamente rodeados de pessoas, evidenciam sentimentos de solidão e apresentam sintomas de depressão. Ao ser institucionalizado, o idoso confronta-se com uma realidade muito diferente da habitual ao longo da sua trajetória de vida, desde a convivência com outros utentes e profissionais, muitas vezes desconhecidos, espaços físicos diferenciados, um conjunto de regras, normas e rotinas que podem levar à perceção da perda da sua intimidade, da privacidade, da autonomia, da responsabilidade das decisões pessoais que, em alguns casos, podem originar solidão e quadros depressivos. Com o objetivo de estudar se a institucionalização da pessoa idosa pode condicionar o aparecimento de sentimentos de solidão e sintomas depressivos, foi delineado um trabalho de projeto constituído por duas partes. A primeira parte integra uma revisão da literatura sobre as problemáticas do envelhecimento e da relação entre a institucionalização e o desenvolvimento de sentimentos de solidão e de depressão. A segunda parte integra uma investigação de tipo descritivo, com suporte numa metodologia quantitativa, realizada a uma amostra de 30 idosos institucionalizados. Foram utilizados os seguintes instrumentos de recolha de dados: um questionário sociodemográfico, a Escala de Solidão da UCLA e a Escala Geriátrica da Depressão (EGD). De um modo geral, os resultados do estudo demonstram que a institucionalização é percecionada de forma positiva, apresentando índices baixos de sentimentos de solidão e de depressão. Pode concluir-se que, na amostra em estudo, a institucionalização não condiciona o surgimento de sentimentos de solidão e de quadros depressivos.
Demographic studies have presented population ageing as one of the most important phenomenon of the 21st century. Modern societies are double-aged structures, characterized by a greater longevity of their members and a lower birth rate. Portugal, does not escape this phenomenon, confronting the current society with multiple challenges at social, economic, cultural and political level to alleviate the consequences of this reality. The institutionalization of the elderly person was one of the social responses created in order to avoid isolation, loneliness and the emergence of disabilities and difficulties, being it’s final purpose the welfare of the elderly. However, literature has shown that institutionalized elders, despite being surrounded by people daily, show feelings of loneliness and present symptoms of depression. When institutionalized, the elderly confronts a reality very different from that experienced throughout a lifetime, from coexistence with others and professionals, often unknown, differentiated physical spaces, a set of rules, norms and routines that can lead to the perception of the loss of their intimacy, privacy, autonomy, the responsibility to make personal decisions that, in some cases, can cause loneliness and depression. In order to study whether the institutionalization of the elderly person can condition the appearance of feelings of loneliness and depressive symptoms, a project work consisting of two parts was delineated. The first part includes a revision of the literature on the problems of ageing and the relationship between institutionalization and the development of feelings of loneliness and depression. The second part integrates a descriptive type of research, with support in a quantitative methodology, carried out to a sample of 30 institutionalized elderly individuals. The following data collection tools were used: A demographic survey, UCLA's loneliness scale and the Geriatric Depression Scale (GDS). In general, the results of the study show that institutionalization is understood in a positive way, presenting low indexes of feelings of loneliness and depression. It can be concluded that, in the sample under study, institutionalization does not condition the emergence of feelings of loneliness and depression.
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