Toward ubiquitous mobility solutions for body sensor networks on healthcare
Lorenz, Pascal
2012-09-11T15:28:35Z
A Rede de Ensino Superior Público em Portugal e a sua cobertura geográfica com critérios de distância e de tempo.
Type
conferenceObject
Creator
Identifier
TEIXEIRA, M.C.C. ; ROQUE, N. ; ALEGRIA, C.M.M. (2015) - A Rede de Ensino Superior Público em Portugal e a sua cobertura geográfica com critérios de distância e de tempo. In Jornadas Potencial Técnico e Científico do IPCB, 3, Castelo Branco, 25 de Novembro. Castelo Branco : IPCB. ESACB.
Title
A Rede de Ensino Superior Público em Portugal e a sua cobertura geográfica com critérios de distância e de tempo.
Subject
Análise de redes
Problema de cobertura
Rede de instituições de Ensino Superior
Sistemas de Informação Geográfica
Problema de cobertura
Rede de instituições de Ensino Superior
Sistemas de Informação Geográfica
Date
2018-01-17T20:32:20Z
2018-01-17T20:32:20Z
2015
2018-01-17T20:32:20Z
2015
Description
Comunicação da qual só está disponível o resumo.
Neste estudo é argumentado que a grande pulverização territorial das Instituições de Ensino Superior Público (IESP) em Portugal é determinante para melhorar a desigualdade de oportunidades ao acesso ao ensino superior público, principalmente das regiões rurais do interior do País. Em Portugal a distribuição regional das instituições de ensino superior decalca, em grande medida, a rede urbana nacional e a repartição regional da população portuguesa (DGES, 2013). As instituições públicas cobrem a totalidade do território nacional (Figura 1) enquanto as privadas se concentram nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e nas regiões com maior população. Dada a dispersão regional das instituições de ensino superior público é compreensível que os candidatos dirijam as suas opções de forma predominante para as instituições que lhe estão mais próximas. Acresce ainda que, até 2020, Portugal comprometeu-se com a Europa atingir a meta dos 40% de diplomados no ensino superior. Porém, dada a reestruturação que tem vindo a ser operada na rede do ensino superior a questão deve ser encarada primordialmente em termos de igualdade de direito ao acesso ao ensino superior. Nesse sentido, é legítimo colocar a questão se o acesso ao ensino superior público está acessível a todos, principalmente nas áreas rurais? E ainda, se haverá então demasiadas Instituições de Ensino Superior Público (IESP)? Para comprovar a hipótese de trabalho, primeiramente localizaram-se geograficamente as IESP (universidades e institutos politécnicos). Seguidamente, aplicou-se a análise de redes para a determinar as áreas de abrangência de cada uma destas quer em tempo de deslocação quer em distância. Foram resolvidos problemas de cobertura, com o objetivo de determinar as áreas de abrangência para as 53 IESP identificadas. Numa primeira abordagem, consideraram-se critérios de distância de 15 e 30 km, permitindo gerar duas áreas de cobertura, respetivamente até 15 km e até 30 km, para cada um dos pontos, num total de 106 polígonos. Também foram usados critérios temporais na identificação das áreas de abrangência às IESP, de 15, 30 e 40 minutos no máximo, tendo sido gerados 53x3 polígonos. Para todos os polígonos criados, calculou-se a respetiva área de cobertura (km2) de cada IESP no ArcGIS (ESRI, 2010). Portugal (cerca de 89 015 Km2 de superfície) dispõe de uma rede de ensino superior público que cobre aproximadamente 11% do território (9 799 km2) se considerada uma distância máxima de acesso de 15 km de distância. Em 75% do espaço territorial o acesso a uma IESP encontra-se a distâncias de deslocação superiores a 30km. A mesma análise para os critérios temporais considerados, tem-se que a rede de ensino superior cobre aproximadamente 15% do território para uma distância até 15 minutos. Uma cobertura de 38% do território foi obtida para uma distância de até 30 minutos e de 45% para uma distância de até 40 minutos. Daqui resulta que em 55% do espaço territorial o acesso a uma IESP se encontra a tempos de deslocação superiores a 40 minutos. Num país pequeno como Portugal, quando falamos em desertificação humana, e em vastas zonas em que não existem IESP a menos de 30 km de distância, pode tornar-se ridículo. Mas com as recentes políticas de ensino, que levaram à criação de megaagrupamentos de Escolas (ensino básico e secundário) paralelamente ao encerramento de grande número de escolas, perspetiva-se um futuro negro para as IESP. A notória assimetria entre o interior e o litoral e entre o norte e o sul, tenderá a ser ainda mais acentuada, caso se venha a verificar o desaparecimento de certo tipo de oferta na rede de ensino superior do país.
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Neste estudo é argumentado que a grande pulverização territorial das Instituições de Ensino Superior Público (IESP) em Portugal é determinante para melhorar a desigualdade de oportunidades ao acesso ao ensino superior público, principalmente das regiões rurais do interior do País. Em Portugal a distribuição regional das instituições de ensino superior decalca, em grande medida, a rede urbana nacional e a repartição regional da população portuguesa (DGES, 2013). As instituições públicas cobrem a totalidade do território nacional (Figura 1) enquanto as privadas se concentram nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e nas regiões com maior população. Dada a dispersão regional das instituições de ensino superior público é compreensível que os candidatos dirijam as suas opções de forma predominante para as instituições que lhe estão mais próximas. Acresce ainda que, até 2020, Portugal comprometeu-se com a Europa atingir a meta dos 40% de diplomados no ensino superior. Porém, dada a reestruturação que tem vindo a ser operada na rede do ensino superior a questão deve ser encarada primordialmente em termos de igualdade de direito ao acesso ao ensino superior. Nesse sentido, é legítimo colocar a questão se o acesso ao ensino superior público está acessível a todos, principalmente nas áreas rurais? E ainda, se haverá então demasiadas Instituições de Ensino Superior Público (IESP)? Para comprovar a hipótese de trabalho, primeiramente localizaram-se geograficamente as IESP (universidades e institutos politécnicos). Seguidamente, aplicou-se a análise de redes para a determinar as áreas de abrangência de cada uma destas quer em tempo de deslocação quer em distância. Foram resolvidos problemas de cobertura, com o objetivo de determinar as áreas de abrangência para as 53 IESP identificadas. Numa primeira abordagem, consideraram-se critérios de distância de 15 e 30 km, permitindo gerar duas áreas de cobertura, respetivamente até 15 km e até 30 km, para cada um dos pontos, num total de 106 polígonos. Também foram usados critérios temporais na identificação das áreas de abrangência às IESP, de 15, 30 e 40 minutos no máximo, tendo sido gerados 53x3 polígonos. Para todos os polígonos criados, calculou-se a respetiva área de cobertura (km2) de cada IESP no ArcGIS (ESRI, 2010). Portugal (cerca de 89 015 Km2 de superfície) dispõe de uma rede de ensino superior público que cobre aproximadamente 11% do território (9 799 km2) se considerada uma distância máxima de acesso de 15 km de distância. Em 75% do espaço territorial o acesso a uma IESP encontra-se a distâncias de deslocação superiores a 30km. A mesma análise para os critérios temporais considerados, tem-se que a rede de ensino superior cobre aproximadamente 15% do território para uma distância até 15 minutos. Uma cobertura de 38% do território foi obtida para uma distância de até 30 minutos e de 45% para uma distância de até 40 minutos. Daqui resulta que em 55% do espaço territorial o acesso a uma IESP se encontra a tempos de deslocação superiores a 40 minutos. Num país pequeno como Portugal, quando falamos em desertificação humana, e em vastas zonas em que não existem IESP a menos de 30 km de distância, pode tornar-se ridículo. Mas com as recentes políticas de ensino, que levaram à criação de megaagrupamentos de Escolas (ensino básico e secundário) paralelamente ao encerramento de grande número de escolas, perspetiva-se um futuro negro para as IESP. A notória assimetria entre o interior e o litoral e entre o norte e o sul, tenderá a ser ainda mais acentuada, caso se venha a verificar o desaparecimento de certo tipo de oferta na rede de ensino superior do país.
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
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