Standard handbook of industrial automation
cop. 1986
Pimento para pimentão doce, alternativa cultural para o regadio da Cova da Beira, produção de plantas.
Type
conferenceObject
Creator
Identifier
DELGADO, F.M.G.. ; DIOGO, A. (2015) - Pimento para pimentão doce, alternativa cultural para o regadio da Cova da Beira, produção de plantas. In Jornadas Potencial Técnico e Científico do IPCB, 3, Castelo Branco, 25 de Novembro. Castelo Branco : IPCB. ESACB.
Title
Pimento para pimentão doce, alternativa cultural para o regadio da Cova da Beira, produção de plantas.
Subject
Capsicum annuum L.
Germinação
Sementes
Germinação
Sementes
Date
2017-11-22T23:23:16Z
2017-11-22T23:23:16Z
2015
2017-11-22T23:23:16Z
2015
Description
Comunicação da qual só está disponível o resumo.
A espécie Capsicum annuum L. pertence à família Solanaceae e todas as espécies deste género são nativas das regiões tropicais e temperadas da América. As cultivares de C. annuum pertencem a dois grupos hortícolas : 1. Grupo Grossum e o 2. Grupo Longum. É no primeiro grupo que se incluem os tipos designados por pimento, pimentão e paprica (Almeida,2006), deste tipo foram-nos fornecidas pela empresa Ibersaco duas cultivares comerciais com as quais se efetuaram ensaios de germinação em laboratório e em viveiro e a produção de plantas em placas alveolares em viveiro em ambiente protegido, para fornecimento aos agricultores. A propagação do pimentão (Capsicum annuum L.) é realizada unicamente através de sementes pelo que a sua qualidade e os fatores de germinação devem ser os mais favoráveis para se obter um máximo de percentagem de germinação e determinar a faculdade germinativa. A germinação e a emergência das sementes de pimentão normalmente é lenta a temperatura ambiente e ainda mais demorada a baixa temperatura. A 25ºC, a radícula requer três dias para emergir, enquanto a 15ºC necessita de nove dias (Pádua et al., 1984). As cultivares ensaiadas foram 2 cultivares de pimentão; 1- cv. Belrubi (comercializado pela empresa espanhola de sementes BATLLE) e 2- cv . Carvalhal (não comercializada, de origem portuguesa, da zona da Ponte de Sor). No ensaio em laboratório e porque se tratar de uma cultura de Primavera – Verão, no nosso país, a temperatura escolhida para os ensaios de germinação pretenderam simular as temperaturas médias dos meses de Março, tendo adotado o regime de germinação em temperatura constante de 20ºC e fotoperíodo de 16h. Os ensaios foram efetuados em câmara climatizada com controlo automático de temperatura (precisão ±1) e luz. As sementes foram colocadas em placas de petri de 10cm de diâmetro, sobre discos de papel de filtro Whatman nº1, que se mantiveram humedecidos durante todo o ensaio com água destilada e esterilizada, conforme descrito pela ISTA (2002). Para as condições estudadas, foram efetuadas quatro repetições com 100 sementes para cada cultivar. Após a montagem do ensaio, foram feitas observações e registos diários das sementes germinadas durante 34 dias, de acordo com ISTA (2002). Considerou-se que a semente havia germinado quando a radícula eclodia do invólucro seminal. As sementes germinadas foram retirados diariamente, para evitar possíveis contaminações os parâmetros analisados foram: taxa máxima de germinação, também designada por capacidade germinativa (Côme,1982) e o tempo de latência (tempo necessário para as primeiras sementes de cada cv. germinem). Relativamente aos resultados constatou-se, que em laboratório a cv. Belrubi teve uma germinação mais precoce e homogénea, com um período de latência de 9 dias, como nos ensaios realizados por Pádua et al. (1984), ao contrário da cv Carvalhal que só germinou após 11 dias. Quanto à capacidade germinativa a cv. Belrubi atingiu 73% de germinação ao fim de 19 dias e a cv. Carvalhal só atingiu 40% da germinação ao fim de 34 dias, demonstrando ser uma cultivar mais lenta. No caso dos ensaios de germinação efetuados em viveiro, as sementes das duas cultivares foram semeadas em tabuleiros alveolares com uma mistura de turfa com perlite na proporção de 3:1, no dia 10 de março de 2015. Os tabuleiros foram colocados em bancadas, no interior de uma estufa com cobertura de polietileno, e a rega foi efetuada automaticamente por nebulização ou através de rega manual por regador. O início da germinação ocorreu na cv. Belrubi, 17 dias após a sementeira, tendo-se registado uma germinação extremamente heterogénea e muito lenta para a cv. Carvalhal. Verificou-se que esta fase de produção de plantas de pimento em viveiro foi lenta e heterogénea para as duas cultivares, pelo que, e pela heterogeneidade verificada neste período até à entrega das plantas aos produtores, plantas com uma média de 5 folhas verdadeiras, durou 2,5meses. Os valores da capacidade germinativa para cada uma das cultivares foi muito distinto, sendo nas duas cultivares inferior aos resultados em condições laboratoriais, sendo de 35% no caso da cv. Belrubi e de 12% na cv. Carvalhal, menos de metade das percentagens obtidas em laboratório. As baixas taxas de germinação e emergência das sementes de pimentão têm originado diversos estudos na tentativa de identificar pré-tratamentos às sementes para acelerar este processo. Em futuros trabalhos com esta espécie desenvolveremos estudos utilizando técnicas de condicionamento osmético, préhidratação em água e tratamento com ácido giberélico. As plantas foram fornecidas aos agricultores e instalou-se nos terrenos da ESACB um ensaio de produção, onde se controlou a cultura e se avaliou a produção nas modalidades desenvolvidas, servindo estes trabalhos de base ao apoio técnico a dar aos agricultores na perspetiva de estabelecer esta cultura como uma cultura alternativa no regadio da Cova da Beira, mais propriamente, a um conjunto de agricultores da conselho de Penamacor, para o abastecimento de uma futura fábrica de produção, embalagem e expedição de pimentão doce, nessa região.
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
A espécie Capsicum annuum L. pertence à família Solanaceae e todas as espécies deste género são nativas das regiões tropicais e temperadas da América. As cultivares de C. annuum pertencem a dois grupos hortícolas : 1. Grupo Grossum e o 2. Grupo Longum. É no primeiro grupo que se incluem os tipos designados por pimento, pimentão e paprica (Almeida,2006), deste tipo foram-nos fornecidas pela empresa Ibersaco duas cultivares comerciais com as quais se efetuaram ensaios de germinação em laboratório e em viveiro e a produção de plantas em placas alveolares em viveiro em ambiente protegido, para fornecimento aos agricultores. A propagação do pimentão (Capsicum annuum L.) é realizada unicamente através de sementes pelo que a sua qualidade e os fatores de germinação devem ser os mais favoráveis para se obter um máximo de percentagem de germinação e determinar a faculdade germinativa. A germinação e a emergência das sementes de pimentão normalmente é lenta a temperatura ambiente e ainda mais demorada a baixa temperatura. A 25ºC, a radícula requer três dias para emergir, enquanto a 15ºC necessita de nove dias (Pádua et al., 1984). As cultivares ensaiadas foram 2 cultivares de pimentão; 1- cv. Belrubi (comercializado pela empresa espanhola de sementes BATLLE) e 2- cv . Carvalhal (não comercializada, de origem portuguesa, da zona da Ponte de Sor). No ensaio em laboratório e porque se tratar de uma cultura de Primavera – Verão, no nosso país, a temperatura escolhida para os ensaios de germinação pretenderam simular as temperaturas médias dos meses de Março, tendo adotado o regime de germinação em temperatura constante de 20ºC e fotoperíodo de 16h. Os ensaios foram efetuados em câmara climatizada com controlo automático de temperatura (precisão ±1) e luz. As sementes foram colocadas em placas de petri de 10cm de diâmetro, sobre discos de papel de filtro Whatman nº1, que se mantiveram humedecidos durante todo o ensaio com água destilada e esterilizada, conforme descrito pela ISTA (2002). Para as condições estudadas, foram efetuadas quatro repetições com 100 sementes para cada cultivar. Após a montagem do ensaio, foram feitas observações e registos diários das sementes germinadas durante 34 dias, de acordo com ISTA (2002). Considerou-se que a semente havia germinado quando a radícula eclodia do invólucro seminal. As sementes germinadas foram retirados diariamente, para evitar possíveis contaminações os parâmetros analisados foram: taxa máxima de germinação, também designada por capacidade germinativa (Côme,1982) e o tempo de latência (tempo necessário para as primeiras sementes de cada cv. germinem). Relativamente aos resultados constatou-se, que em laboratório a cv. Belrubi teve uma germinação mais precoce e homogénea, com um período de latência de 9 dias, como nos ensaios realizados por Pádua et al. (1984), ao contrário da cv Carvalhal que só germinou após 11 dias. Quanto à capacidade germinativa a cv. Belrubi atingiu 73% de germinação ao fim de 19 dias e a cv. Carvalhal só atingiu 40% da germinação ao fim de 34 dias, demonstrando ser uma cultivar mais lenta. No caso dos ensaios de germinação efetuados em viveiro, as sementes das duas cultivares foram semeadas em tabuleiros alveolares com uma mistura de turfa com perlite na proporção de 3:1, no dia 10 de março de 2015. Os tabuleiros foram colocados em bancadas, no interior de uma estufa com cobertura de polietileno, e a rega foi efetuada automaticamente por nebulização ou através de rega manual por regador. O início da germinação ocorreu na cv. Belrubi, 17 dias após a sementeira, tendo-se registado uma germinação extremamente heterogénea e muito lenta para a cv. Carvalhal. Verificou-se que esta fase de produção de plantas de pimento em viveiro foi lenta e heterogénea para as duas cultivares, pelo que, e pela heterogeneidade verificada neste período até à entrega das plantas aos produtores, plantas com uma média de 5 folhas verdadeiras, durou 2,5meses. Os valores da capacidade germinativa para cada uma das cultivares foi muito distinto, sendo nas duas cultivares inferior aos resultados em condições laboratoriais, sendo de 35% no caso da cv. Belrubi e de 12% na cv. Carvalhal, menos de metade das percentagens obtidas em laboratório. As baixas taxas de germinação e emergência das sementes de pimentão têm originado diversos estudos na tentativa de identificar pré-tratamentos às sementes para acelerar este processo. Em futuros trabalhos com esta espécie desenvolveremos estudos utilizando técnicas de condicionamento osmético, préhidratação em água e tratamento com ácido giberélico. As plantas foram fornecidas aos agricultores e instalou-se nos terrenos da ESACB um ensaio de produção, onde se controlou a cultura e se avaliou a produção nas modalidades desenvolvidas, servindo estes trabalhos de base ao apoio técnico a dar aos agricultores na perspetiva de estabelecer esta cultura como uma cultura alternativa no regadio da Cova da Beira, mais propriamente, a um conjunto de agricultores da conselho de Penamacor, para o abastecimento de uma futura fábrica de produção, embalagem e expedição de pimentão doce, nessa região.
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