Cisco BGP-4 command and configuration handbook
Parkhurst, William R.
cop. 2001
Type
masterThesis
Title
Literatura para a infância e representações de género
Contributor
Pereira, Cristina Maria Gonçalves
Morgado, Maria Margarida Afonso de Passos
Morgado, Maria Margarida Afonso de Passos
Subject
Literatura para a infância
Igualdade de géneros
Educação pré-escolar
Álbum ilustrado
Representações
Igualdade de géneros
Educação pré-escolar
Álbum ilustrado
Representações
Date
2013-07-23T13:25:03Z
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2013-07-23
2012
2013-07-23T13:25:03Z
2013-07-23
2012
Description
Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico.
O presente relatório de estágio foi elaborado como parte integrante da unidade curricular de Prática Supervisionada do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, ministrado na Escola Superior de Educação de Castelo Branco e tem por objetivo refletir sobre a relação entre a literatura para a infância e a construção de identidades de género nas crianças em idade pré-escolar. Utilizando um estudo de caso com um grupo de cinco crianças do pré-escolar, em ambiente escolar, o relatório explora como se pode dialogar com elas sobre as questões de género utilizando a literatura para a infância. As crianças muito pequenas são comparativamente flexíveis na utilização de estereótipos, mas dos três aos cerca de sete ou oito anos de idade, com a sucessiva aquisição de estabilidade de género, dá-se o desenvolvimento das perceções estereotipadas acerca das características dos homens e das mulheres. É nesta faixa etária que a criança não só conhece os estereótipos aplicados, ao nível da cultura, aos homens e mulheres, como acredita na natureza construída destas ideias, isto é, já tem a capacidade de compreender que as atividades e comportamentos estabelecidos pelos estereótipos de género não são essenciais para que o indivíduo possa ser considerado do sexo masculino ou feminino. O estudo considera, por conseguinte, que este será um período na vida das crianças em que a introdução do diálogo sobre género a partir da literatura para a infância pode fazer sentido. O estudo começa por definir estereótipos de género como as representações generalizadas e valorizadas socialmente sobre o que os homens e mulheres devem “ser” (traços de género) e “fazer” (papéis de género), num quadro investigativo da psicologia do desenvolvimento. Em seguida, o estudo aborda o papel da literatura para a infância no pré-escolar, as potencialidades do álbum ilustrado e indica modos de utilização da literatura para a infância constituir uma comunicação emotiva, penetrante, interrogativa e inesperada e possuir, nesse sentido, potencial para redefinição de modos de pensar. Nos contos tradicionais surgem representadas situações de grande diferenciação entre géneros, de escolha de papéis, enredos, desenlaces, de representações visuais e valores, pelo que o estudo se centra num álbum ilustrado subversivo dos papéis de género tradicionais, A Verdadeira História do Capuchinho Vermelho, para os explorar com crianças do pré-escolar. O estudo de caso permite concluir que ao dialogarem sobre um livro infantil que subverte papéis estereotipados de género, as crianças estão abertas à “alteração” das suas ideias sobre o que é “próprio de menino e de menina”; a utilização deste livro permite também compreender o seu potencial para abalar conceções de género instaladas e realçar que a literatura para a infância construir um meio privilegiado de diálogos sobre questões de género no pré-escolar.
O presente relatório de estágio foi elaborado como parte integrante da unidade curricular de Prática Supervisionada do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, ministrado na Escola Superior de Educação de Castelo Branco e tem por objetivo refletir sobre a relação entre a literatura para a infância e a construção de identidades de género nas crianças em idade pré-escolar. Utilizando um estudo de caso com um grupo de cinco crianças do pré-escolar, em ambiente escolar, o relatório explora como se pode dialogar com elas sobre as questões de género utilizando a literatura para a infância. As crianças muito pequenas são comparativamente flexíveis na utilização de estereótipos, mas dos três aos cerca de sete ou oito anos de idade, com a sucessiva aquisição de estabilidade de género, dá-se o desenvolvimento das perceções estereotipadas acerca das características dos homens e das mulheres. É nesta faixa etária que a criança não só conhece os estereótipos aplicados, ao nível da cultura, aos homens e mulheres, como acredita na natureza construída destas ideias, isto é, já tem a capacidade de compreender que as atividades e comportamentos estabelecidos pelos estereótipos de género não são essenciais para que o indivíduo possa ser considerado do sexo masculino ou feminino. O estudo considera, por conseguinte, que este será um período na vida das crianças em que a introdução do diálogo sobre género a partir da literatura para a infância pode fazer sentido. O estudo começa por definir estereótipos de género como as representações generalizadas e valorizadas socialmente sobre o que os homens e mulheres devem “ser” (traços de género) e “fazer” (papéis de género), num quadro investigativo da psicologia do desenvolvimento. Em seguida, o estudo aborda o papel da literatura para a infância no pré-escolar, as potencialidades do álbum ilustrado e indica modos de utilização da literatura para a infância constituir uma comunicação emotiva, penetrante, interrogativa e inesperada e possuir, nesse sentido, potencial para redefinição de modos de pensar. Nos contos tradicionais surgem representadas situações de grande diferenciação entre géneros, de escolha de papéis, enredos, desenlaces, de representações visuais e valores, pelo que o estudo se centra num álbum ilustrado subversivo dos papéis de género tradicionais, A Verdadeira História do Capuchinho Vermelho, para os explorar com crianças do pré-escolar. O estudo de caso permite concluir que ao dialogarem sobre um livro infantil que subverte papéis estereotipados de género, as crianças estão abertas à “alteração” das suas ideias sobre o que é “próprio de menino e de menina”; a utilização deste livro permite também compreender o seu potencial para abalar conceções de género instaladas e realçar que a literatura para a infância construir um meio privilegiado de diálogos sobre questões de género no pré-escolar.
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