Motivos que levam o doente em fim de vida a recorrer ao Serviço de Urgência
Rodrigues, Sónia Arlete Cruz Lopes
2025-04-10
Type
masterThesis
Identifier
FILIPE, Maria José de Lourdes Proença Nicolau (2001) - O papel da mulher na sociedade iroquesa. Lisboa : Universidade Aberta. 204 f. Dissertação de Mestrado.
Title
O papel da mulher na sociedade iroquesa
Subject
Checks and balances
Economia
Iroquoia
Matriarcado
Matrilinear
Economia
Iroquoia
Matriarcado
Matrilinear
Date
2013-01-04T10:27:24Z
2013-01-04T10:27:24Z
2001
2013-01-04T10:27:24Z
2001
Description
Dissertação de Mestrado em Estudos Americanos, apresentada á Universidade Aberta.
A posição proeminente da mulher na sociedade iroquesa suscitou este estudo, que tem como objectivo esclarecer o seu papel, tentando, através de uma análise dos hábitos e costumes diários encontrados na respectiva cultura, determinar quem detinha o poder em Iroquoia, por forma a concluir se esta foi ou não uma sociedade matriarcal. O propósito foi examinar esta sociedade, num estado ainda isento de influência europeia. No entanto, a pré-história iroquesa, período que vai até à chegada dos Europeus, decorreu sem linguagem escrita, facto que limitou esta pesquisa. Por este motivo, utilizaram-se, como informação primária, obras de missionários, viajantes e comerciantes de peles que observaram esta cultura no seu mais puro ambiente possível. Tendo, no entanto, em consideração o eurocentrismo de tais autores, tentou-se separar os seus preconceitos dos factos que relatam. Como fonte secundária, consultaram-se obras de antropólogos e etnólogos, ponderando, cuidadosamente, as suas tendências e o facto de, por vezes, descreverem uma sociedade já muito influenciada pelos Europeus. O contributo de Jikonsaseh, na fundação da Confederação Haudenosaunee, conferiu autoridade e prestígio às suas descendentes. Às matronas, que eram as chefes femininas, foi atribuída a responsabilidade da eleição e destituição dos líderes, sendo, contudo, a sua função política mais importante a participação nas decisões dos conselhos. Esta autoridade tinha sido adquirida através do poder que exerciam na economia, especificamente na distribuição dos alimentos, com os quais asseguravam a sobrevivência da sociedade. Simultaneamente, a autoridade política e o poder económico das mulheres eram reforçados e validados pela veneração da imagem feminina na religião. Apesar da autoridade das mulheres na distribuição do poder político, não desfrutavam de poder absoluto, uma vez que o sistema de "checks and balances", desenvolvido, impedia-as de exercer cargos políticos, estando o poder, consequentemente, distribuído por todos os membros da sociedade iroquesa. Os homens encontravam-se limitados pelo controle, persuasão e orientação das matronas que os tinham eleito. Por sua vez, estas estavam condicionadas pelas mulheres que delegavam nelas a resolução dos problemas da comunidade. Como nem a mulher nem o homem tinha poder absoluto, não se pode descrever esta sociedade como matriarcal ou patriarcal. Esta foi uma sociedade em que a contribuição dos seus membros desenvolveu uma sociedade igualitária, fundada na reciprocidade e complementaridade mútua.
A posição proeminente da mulher na sociedade iroquesa suscitou este estudo, que tem como objectivo esclarecer o seu papel, tentando, através de uma análise dos hábitos e costumes diários encontrados na respectiva cultura, determinar quem detinha o poder em Iroquoia, por forma a concluir se esta foi ou não uma sociedade matriarcal. O propósito foi examinar esta sociedade, num estado ainda isento de influência europeia. No entanto, a pré-história iroquesa, período que vai até à chegada dos Europeus, decorreu sem linguagem escrita, facto que limitou esta pesquisa. Por este motivo, utilizaram-se, como informação primária, obras de missionários, viajantes e comerciantes de peles que observaram esta cultura no seu mais puro ambiente possível. Tendo, no entanto, em consideração o eurocentrismo de tais autores, tentou-se separar os seus preconceitos dos factos que relatam. Como fonte secundária, consultaram-se obras de antropólogos e etnólogos, ponderando, cuidadosamente, as suas tendências e o facto de, por vezes, descreverem uma sociedade já muito influenciada pelos Europeus. O contributo de Jikonsaseh, na fundação da Confederação Haudenosaunee, conferiu autoridade e prestígio às suas descendentes. Às matronas, que eram as chefes femininas, foi atribuída a responsabilidade da eleição e destituição dos líderes, sendo, contudo, a sua função política mais importante a participação nas decisões dos conselhos. Esta autoridade tinha sido adquirida através do poder que exerciam na economia, especificamente na distribuição dos alimentos, com os quais asseguravam a sobrevivência da sociedade. Simultaneamente, a autoridade política e o poder económico das mulheres eram reforçados e validados pela veneração da imagem feminina na religião. Apesar da autoridade das mulheres na distribuição do poder político, não desfrutavam de poder absoluto, uma vez que o sistema de "checks and balances", desenvolvido, impedia-as de exercer cargos políticos, estando o poder, consequentemente, distribuído por todos os membros da sociedade iroquesa. Os homens encontravam-se limitados pelo controle, persuasão e orientação das matronas que os tinham eleito. Por sua vez, estas estavam condicionadas pelas mulheres que delegavam nelas a resolução dos problemas da comunidade. Como nem a mulher nem o homem tinha poder absoluto, não se pode descrever esta sociedade como matriarcal ou patriarcal. Esta foi uma sociedade em que a contribuição dos seus membros desenvolveu uma sociedade igualitária, fundada na reciprocidade e complementaridade mútua.
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