Curso de fotointerpretaçäo de fotografia aérea de filme infravermelho (falsa cor)
Seixas, José Luís Ferreira
1994
Type
masterThesis
Creator
Publisher
Identifier
RIBEIRO, André Filipe Pereira (2011) - Avaliação do risco ambiental de uma mina de urânio (Gouveia, centro de Portugal). Castelo Branco : IPCB. ESA. 1 CD-ROM. Dissertação de mestrado.
Title
Avaliação do risco ambiental de uma mina de urânio (Gouveia, centro de Portugal)
Contributor
Antunes, Isabel Margarida Horta Ribeiro
Subject
Mina abandonada
Urânio
Sedimentos de corrente
Solo
Material de escombreira
Urânio
Sedimentos de corrente
Solo
Material de escombreira
Date
2012-03-08T18:13:08Z
2012-03-08T18:13:08Z
2011
2012-03-08T18:13:08Z
2011
Description
Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco com vista à obtenção do Grau de Mestre em Monitorização de Riscos e Impactes Ambientais
A mina de urânio abandonada de Canto do Lagar está localizada em Arcozelo da Serra, na zona uranífera das Beiras, centro de Portugal. A mina foi explorada a céu aberto e produziu cerca de 12 430 kg de óxido de urânio (U3O8), entre 1987 e 1988. Na região, a unidade geológica dominante é o granito porfiróide, de grão grosseiro, de duas micas, predominantemente biotítico. O jazigo é constituído por duas brechas de esmagamento, paralelas, ao granito porfiróide grosseiro, onde ocorrem dois filões de quartzo branco brechificado, de pendor aproximado entre 70º a 80º para WNW. Estes filões encontram-se afastados cerca de 6 metros e contém fases secundárias de fosfatos de urânio, como a autunite e a torbernite com alguns sulfuretos associados. Os materiais rejeitados da exploração mineira (cerca de 1000000 ton) foram depositados em duas escombreiras e formou-se uma lagoa de mina no céu aberto. Para avaliar o risco ambiental da mina de urânio abandonada de Canto do Lagar, foram recolhidas 70 amostras: 14 de sedimentos de corrente, 40 de solos e 16 amostras de material de escombreira, em áreas localizadas fora e dentro da área de influência mineira. Estas amostras foram posteriormente analisadas em laboratório para diversos parâmetros físico-químicos e elementos químicos possivelmente associados com este tipo de exploração mineira. Com os resultados obtidos foi avaliada a possível associação dos elementos constituintes das amostras, usando a Análise em Componentes Principais (ACP) e foi estudada a distribuição espacial com recurso à Krigagem por Indicatriz. Na avaliação do possível grau de contaminação dos sedimentos de corrente, recorreu-se ao índice de geoacumulação de Müller. De um modo geral, os sedimentos de corrente foram classificados como não poluídos e/ou como não poluídos a moderadamente poluídos, à excepção das amostras Clsd 1, Clsd 2, Clsd 8, Clsd 9, Clsd 10 e Clsd 15. Os solos não podem ser usados para espaços públicos, privados ou residenciais de acordo com a legislação utilizada mas, todas as amostras de solos indicam que podem ser aplicadas para espaços comerciais ou industriais, à excepção das amostras Cls 8, Cls 13, Cls 21 e Cls 26. De acordo com a Legislação Holandesa, (VROM 2000), apenas as amostras Cls 13 e Cls 16 apresentam teores que exigem intervenção. Os materiais de escombreira, por sua vez, estão muito poluídos em tório (Th) e em urânio (U) e não devem ser utilizados em qualquer aplicação. Como resultado da distribuição espacial dos valores das amostras, pode verificar-se que para os sedimentos de corrente, a expressão da componente principal 1 diminui na direcção SE-NW e a expressão da componente principal 2 aumenta até ao meio da linha de água, diminuindo depois até à amostra Clsd 16 para aumentar a seguir até à amostra Clsd 14. Para os solos, a expressão da componente principal 1 diminui na direcção SE e aumenta nas direcções NE e SW e a expressão da componente principal 2 diminui do centro para a periferia, aumentando nas direcções N e SW. A distribuição espacial, das amostras de material de escombreira, não permitiu retirar conclusões.
A mina de urânio abandonada de Canto do Lagar está localizada em Arcozelo da Serra, na zona uranífera das Beiras, centro de Portugal. A mina foi explorada a céu aberto e produziu cerca de 12 430 kg de óxido de urânio (U3O8), entre 1987 e 1988. Na região, a unidade geológica dominante é o granito porfiróide, de grão grosseiro, de duas micas, predominantemente biotítico. O jazigo é constituído por duas brechas de esmagamento, paralelas, ao granito porfiróide grosseiro, onde ocorrem dois filões de quartzo branco brechificado, de pendor aproximado entre 70º a 80º para WNW. Estes filões encontram-se afastados cerca de 6 metros e contém fases secundárias de fosfatos de urânio, como a autunite e a torbernite com alguns sulfuretos associados. Os materiais rejeitados da exploração mineira (cerca de 1000000 ton) foram depositados em duas escombreiras e formou-se uma lagoa de mina no céu aberto. Para avaliar o risco ambiental da mina de urânio abandonada de Canto do Lagar, foram recolhidas 70 amostras: 14 de sedimentos de corrente, 40 de solos e 16 amostras de material de escombreira, em áreas localizadas fora e dentro da área de influência mineira. Estas amostras foram posteriormente analisadas em laboratório para diversos parâmetros físico-químicos e elementos químicos possivelmente associados com este tipo de exploração mineira. Com os resultados obtidos foi avaliada a possível associação dos elementos constituintes das amostras, usando a Análise em Componentes Principais (ACP) e foi estudada a distribuição espacial com recurso à Krigagem por Indicatriz. Na avaliação do possível grau de contaminação dos sedimentos de corrente, recorreu-se ao índice de geoacumulação de Müller. De um modo geral, os sedimentos de corrente foram classificados como não poluídos e/ou como não poluídos a moderadamente poluídos, à excepção das amostras Clsd 1, Clsd 2, Clsd 8, Clsd 9, Clsd 10 e Clsd 15. Os solos não podem ser usados para espaços públicos, privados ou residenciais de acordo com a legislação utilizada mas, todas as amostras de solos indicam que podem ser aplicadas para espaços comerciais ou industriais, à excepção das amostras Cls 8, Cls 13, Cls 21 e Cls 26. De acordo com a Legislação Holandesa, (VROM 2000), apenas as amostras Cls 13 e Cls 16 apresentam teores que exigem intervenção. Os materiais de escombreira, por sua vez, estão muito poluídos em tório (Th) e em urânio (U) e não devem ser utilizados em qualquer aplicação. Como resultado da distribuição espacial dos valores das amostras, pode verificar-se que para os sedimentos de corrente, a expressão da componente principal 1 diminui na direcção SE-NW e a expressão da componente principal 2 aumenta até ao meio da linha de água, diminuindo depois até à amostra Clsd 16 para aumentar a seguir até à amostra Clsd 14. Para os solos, a expressão da componente principal 1 diminui na direcção SE e aumenta nas direcções NE e SW e a expressão da componente principal 2 diminui do centro para a periferia, aumentando nas direcções N e SW. A distribuição espacial, das amostras de material de escombreira, não permitiu retirar conclusões.
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