Apontamentos de inspecçäo sanitária dos produtos alimentares de origem animal
Moura, Francisco Pereira de
1971-1972
Type
report
Creator
Identifier
TORRES, Carlos Manuel dos Santos (1991) - Recolha e análise do leite na região de Portalegre. Castelo Branco : ESA. IPCB. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Animal.
Title
Recolha e análise do leite na região de Portalegre
Contributor
Andrade, Luís Pedro Mota Pinto de
Carrilho, Esmeralda
Carrilho, Esmeralda
Date
2014-12-24T00:34:58Z
2014-12-24T00:34:58Z
1991
2014-12-24T00:34:58Z
1991
Format
application/pdf
Description
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-11858TFCPAN.
A produção de leite, é considerada uma actividade bastante antiga, podendo dizer-se mesmo de séculos. Segundo a bibliografia, foi encontrada uma exploração leiteira em Portugal no século XVIII, que terá importado as vacas da Holanda. Mas o desenvolvimento da produção leiteira só viria a assumir um papel significativo na época do Pombalismo, devido às importações maciças de vacas leiteiras holandesas. Nessa época, o leite era utilizado principalmente como alimento para crianças, como produto de beleza e na cura de algumas doenças. O leite produzido nessa época apresentava graves defeitos de qualidade devido, essencialmente, às empresas de lacticínios se encontrarem a laborar num mercado de carência, da legislação em vigor sobre classificação do leite ser antiquada e ao baixo nível de instrução dos produtores e dos consumidores. Os consumidores da altura desconheciam em parte o conceito de “qualidade”, Para eles, leite bom era o que fazia nata e não continha água adicionada. A poluição por excrementos, a carga microbiana provocada por úberes infectados, a contaminação do meio ambiente e a limpeza e higiene do material leiteiro, eram coisas insignificantes tanto para o produtor como para o consumidor. A partir de 1956-58, dá-se início ao pagamento do leite pela sua qualidade. Para isso, contribuiu o aparecimento das centrais pasteurizadoras de abastecimento de leite a Évora e Lisboa e um subsídio atribuído ao nosso país pela F.A.O., utilizado pelos serviços de vulgarização no apoio à produção. Apesar das melhorias que se têm verificado nos últimos anos, as características da qualidade do leite que actualmente chega às fábricas de lacticínios não são, na grande maioria dos casos, as mais desejáveis. O sector leiteiro nacional, depara-se hoje em dia com objectivos bem definidos a atingir. Devido à sua plena integração no mercado comum e as consequências que daí podem advir, à entrada em vigor da nova legislação sobre classificação de leite e da produção limitada com a implementação do sistema de quotas leiteiras. A nossa entrada no mercado comum, onde existem produtos lácteos em abundância e em que as leis da concorrência ditam opções baseadas no binómio qualidade-preço, vai obrigar as empresas nacionais a maiores exigências em termos de critérios de qualidade. A fim de fabricarem melhores produtos, para poderem competir no mercado com as suas congéneres comunitárias. Isto só é concretizável, segundo algumas correntes entendidas no assunto, através de apoio técnico e formação profissional aos produtores. Por sua vez, os locais de produção encontram-se distantes dos consumidores, tendo então os produtos de ser submetidos a vários processos tecnológicos antes de serem ingeridos. Além dos processos tecnológicos a que são submetidos os produtos, estes contactam durante o seu percurso com o mais variado e vasto equipamento, que nem sempre se encontra nas melhores condições higio-sanitárjas. Deste modo os alimentos, encontram-se sujeitos a conspurcações, contaminações e degradações durante o tempo que medeia entre a produção e o consumo. Torna-se então necessário fazer o controlo de qualidade dos alimentos, durante o seu processamento, com vista a determinar quais as causas de alteração e actuar no sentido de as eliminar. Podemos então definir o conceito de qualidade, como a medida das características intrínsecas que o produto apresenta, estando estas directamente relacionadas com a forma como o produto foi obtido. De uma forma mais geral e mensurável, podemos dizer que a qualidade de um produto se encontra algures entre o que é exigido por lei e as características que o produto apresenta.
A produção de leite, é considerada uma actividade bastante antiga, podendo dizer-se mesmo de séculos. Segundo a bibliografia, foi encontrada uma exploração leiteira em Portugal no século XVIII, que terá importado as vacas da Holanda. Mas o desenvolvimento da produção leiteira só viria a assumir um papel significativo na época do Pombalismo, devido às importações maciças de vacas leiteiras holandesas. Nessa época, o leite era utilizado principalmente como alimento para crianças, como produto de beleza e na cura de algumas doenças. O leite produzido nessa época apresentava graves defeitos de qualidade devido, essencialmente, às empresas de lacticínios se encontrarem a laborar num mercado de carência, da legislação em vigor sobre classificação do leite ser antiquada e ao baixo nível de instrução dos produtores e dos consumidores. Os consumidores da altura desconheciam em parte o conceito de “qualidade”, Para eles, leite bom era o que fazia nata e não continha água adicionada. A poluição por excrementos, a carga microbiana provocada por úberes infectados, a contaminação do meio ambiente e a limpeza e higiene do material leiteiro, eram coisas insignificantes tanto para o produtor como para o consumidor. A partir de 1956-58, dá-se início ao pagamento do leite pela sua qualidade. Para isso, contribuiu o aparecimento das centrais pasteurizadoras de abastecimento de leite a Évora e Lisboa e um subsídio atribuído ao nosso país pela F.A.O., utilizado pelos serviços de vulgarização no apoio à produção. Apesar das melhorias que se têm verificado nos últimos anos, as características da qualidade do leite que actualmente chega às fábricas de lacticínios não são, na grande maioria dos casos, as mais desejáveis. O sector leiteiro nacional, depara-se hoje em dia com objectivos bem definidos a atingir. Devido à sua plena integração no mercado comum e as consequências que daí podem advir, à entrada em vigor da nova legislação sobre classificação de leite e da produção limitada com a implementação do sistema de quotas leiteiras. A nossa entrada no mercado comum, onde existem produtos lácteos em abundância e em que as leis da concorrência ditam opções baseadas no binómio qualidade-preço, vai obrigar as empresas nacionais a maiores exigências em termos de critérios de qualidade. A fim de fabricarem melhores produtos, para poderem competir no mercado com as suas congéneres comunitárias. Isto só é concretizável, segundo algumas correntes entendidas no assunto, através de apoio técnico e formação profissional aos produtores. Por sua vez, os locais de produção encontram-se distantes dos consumidores, tendo então os produtos de ser submetidos a vários processos tecnológicos antes de serem ingeridos. Além dos processos tecnológicos a que são submetidos os produtos, estes contactam durante o seu percurso com o mais variado e vasto equipamento, que nem sempre se encontra nas melhores condições higio-sanitárjas. Deste modo os alimentos, encontram-se sujeitos a conspurcações, contaminações e degradações durante o tempo que medeia entre a produção e o consumo. Torna-se então necessário fazer o controlo de qualidade dos alimentos, durante o seu processamento, com vista a determinar quais as causas de alteração e actuar no sentido de as eliminar. Podemos então definir o conceito de qualidade, como a medida das características intrínsecas que o produto apresenta, estando estas directamente relacionadas com a forma como o produto foi obtido. De uma forma mais geral e mensurável, podemos dizer que a qualidade de um produto se encontra algures entre o que é exigido por lei e as características que o produto apresenta.
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