Corporate failure by design
Klein, Jonathan I.
2000
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Tese de mestrado em Engenharia Electrónica e telecomunicações, Universidade de Aveiro, 1997
Tese de Doutoramento em Engenharia Electrotécnica, Universidade de Aveiro, 2006
Nas últimas décadas tem-se assistido à automatização generalizada da
maioria dos sistemas e equipamentos que nos rodeiam no dia-a-dia, desde os
sistemas industriais, de transporte, até aos pequenos electrodomésticos. A
automatização dos sistemas torna-os mais inteligentes, no sentido de maior
capacidade de adaptação operacional e maior eficácia, facilitando e
simplificando a sua utilização.
O problema que serviu de motivação ao desenvolvimento deste trabalho foi
precisamente a automatização de um equipamento de aquecimento de água a
gás, conhecido por esquentador doméstico.
Neste sentido, o presente trabalho propõe novas estratégias de automatização
inteligentes para o controlo de um esquentador, adaptadas à execução em
sistemas embutidos de baixo poder de cálculo.
Este trabalho suporta a tese de que a utilização de modelos com um elevado
nível de interpretabilidade propicia a construção de estruturas com baixa
complexidade matemática, potenciando a simplicidade das malhas de controlo.
A interpretabilidade dos modelos deste tipo, tipicamente classificados como de
caixa cinzenta ou cinzentos, depende do tipo de conhecimentos utilizados e
incorporados na sua construção. Existindo, desde modelos construídos e
identificados com base em dados de entrada e saída que apresentam baixos
níveis de interpretabilidade, passando por modelos baseados em
conhecimentos experimentais com níveis de interpretabilidade intermédios até
modelos baseados em conhecimentos fenomenológicos que apresentam
elevados níveis de interpretabilidade.
Com o objectivo de construir modelos para o esquentador com um razoável
nível de interpretabilidade são neste trabalho apresentados e explorados três
métodos de modelização neuro-difusa (modelização cinzenta escura)
orientada por blocos (modelização cinzenta) e híbrida (modelização cinzenta
clara). Neste âmbito, são propostos como modelos para o esquentador: o
modelo neuro-difuso, Hammerstein adaptativo polinomial/neuro-difuso e
híbrido série polinomial/neuro-difuso.
Utilizando os referidos modelos são propostas três malhas de controlo
baseadas no controlador Smith preditivo, com algumas simplificações que
resultam da interpretabilidade dos respectivos modelos, tal como a
linearização do esquentador relativamente ao fluxo de gás.
Finalmente, os desempenhos dos vários controladores assim como os
respectivos níveis de interpretabilidade e de complexidade matemática são
comparados.
Este trabalho apresenta diversas contribuições ao nível das diferentes
abordagens de modelização e da definição de algoritmos de controlo a aplicar
num esquentador doméstico:
•Definição e identificação do modelo neuro-difuso, dos modelos
Hammerstein adaptativo polinomial/neuro-difuso e dos modelos híbridos
série polinomial/neuro-difuso, que exploram as várias metodologias de
combinação de conhecimentos a priori na sua construção (modelização
cinzenta);
•Proposta de definição da equação de balanço de energias de um
esquentador doméstico;
•Proposta de alteração da malha de controlo Smith preditivo de forma a
linearizar o sistema relativamente a uma dada variável de entrada;
.Apresentação da malha de controlo Smith preditivo para sistemas com
múltiplas entradas com diferentes tempos mortos;
•Aplicação dos vários modelos cinzentos no controlo automático de um
esquentador doméstico, obtendo controladores adaptativos e não
adaptativos de complexidade matemática relativamente baixa.
Este trabalho disponibiliza uma gama diversificada de soluções de controlo
automático para o esquentador com semelhantes níveis de desempenho, mas
com diferentes níveis de interpretabilidade e de complexidade matemática.
De referir que os testes e as avaliações das soluções de controlo
apresentadas, além de simuladas antecipadamente num computador, foram
efectuados com dados reais.