Portugal 30 anos integração europeia
Congresso do Ensino Superior Politécnico
2016
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A educação sexual como um conjunto de acções educativas e informativas
não deve nunca descurar o conceito e a compreensão dos comportamentos e
das atitudes sexuais, pelo que compreender a sexualidade juvenil é antes de mais
compreender a cultura e a comunidade onde se desenvolvem esses comportamentos,
permitindo conhecer o normal e o desviante, elementos fundamentalmente
determinados pelos espaços sociais.
A presente investigação teve como objectivos: - Identificar atitudes e
comportamentos de adolescentes que frequentam o ensino secundário e analisar
a influência de variáveis individuais e familiares. - Analisar como as atitudes
sexuais são influenciadas pelas variáveis individuais e familiares, por aspectos da
personalidade, da percepção das atitudes parentais e do auto-conceito.
A amostra foi constituída por 521 estudantes, 279 do sexo feminino e
242 do sexo masculino, que frequentavam o ensino secundário das escolas da
cidade de Castelo Branco. Apresentavam idades compreendidas entre os 15 e os
19 anos, com uma média de idades de 16,37 anos e um desvio padrão de 1,06.
Realizou-se um estudo do tipo quantitativo, transversal e descritivo-
-analítico.
O instrumento utilizado para medir as variáveis incluía além do questionário,
quatro inventários, Inventário Psicossexual de Snyder (IP), Inventário
de Personalidade de Eysenck (EPI), Inventário de Percepções Juvenil ou Youth
Perception Inventory (YPI), Inventário Clínico de Auto-Conceito. A avaliação
das características psicométricas dos índices utilizados, revelou adequados índices
de fidelidade e validade.
A grande maioria dos jovens fala sobre sexualidade com os amigos, considerando-
se esclarecidos, não têm namorado(a) e a opção religiosa é católica.
XIII
A análise da influência das Atitudes Sexuais nas variáveis sócio-demográficas
e de contexto familiar, foi efectuada através do cruzamento das variáveis
“sexo ocasional” e “sexo com compromisso”. Para a variável sexo existem
diferenças estatisticamente significativas entre rapazes e raparigas. Quanto à
idade não foram encontradas diferenças. Para a situação de ter namorado/a
não se encontram diferenças para as variáveis “sexo ocasional” e “sexo com compromisso”,
existe sim para ambas as variáveis e com quem teve relações sexuais,
com quem teve a 1ª relação sexual e a utilização de contraceptivo. Quanto
ao método anticoncepcional utilizado encontrou-se diferença para a variável
“sexo ocasional”, mas não se encontrou para a variável “sexo com compromisso”.
Encontrou-se relação entre as variáveis “sexo ocasional” e “sexo com compromisso”
em função do tipo de religião.
Ao analisarmos as atitudes sexuais e as características da personalidade,
concluímos que o “sexo ocasional” surgiu positivamente correlacionado com
a Extroversão e negativamente correlacionado com o Neuroticismo, enquanto
o “sexo com compromisso” surgiu positivamente correlacionado com a Extroversão.
O estudo da correlação entre atitudes sexuais e as relações parentais,
revelou uma correlação positiva entre o “sexo ocasional” e Controlo e Hostilidade,
da mesma forma o “sexo com compromisso” surgiu positivamente correlacionado
com Autonomia, Controlo e Hostilidade.
Entre atitudes sexuais e o auto-conceito, evidenciou-se uma correlação
significativa entre “sexo ocasional” e F1 (aceitação/rejeição-agrado/desagrado
social) e F3 (maturidade psicológica). Por outro lado, o “sexo com compromisso”
apareceu correlacionado com F1 (aceitação/rejeição-agrado/desagrado social)
e com F4 (impulsividade-actividade).
Os resultados encontrados devem servir de ponto de partida para novas
investigações, tendo por base o envolvimento dos profissionais de saúde em
projectos educativos de orientação sexual, através de parcerias com escolas e comunidade.
A rede de ensino superior
em Portugal reflecte uma
preocupação política que data de
1973, com o Prof. Veiga Simão,
(através da chamada reforma
Veiga Simão), e recebeu um forte
impulso após a revolução de 25
de Abril. Tendo como objectivos
essenciais travar os movimentos
de desertificação do interior do
país, perigo crescente pela fuga
das populações para o litoral
e pelo fenómeno emigratório,
possibilitou o acesso ao ensino
superior de camadas importantes
de jovens portugueses,
nomeadamente, oriundos de
extractos populacionais mais
desfavorecidos e com menor
capacidade para frequentar os
estabelecimentos de ensino
superior existentes nos grandes
centros, destacando-se assim
a relevância social da expansão
do ensino superior, através do
Ensino Superior Politécnico.
Dissertação de Mestrado em Saúde Ocupacional, Universidade de Coimbra, 1997
Nas últimas décadas, o parto na água tem ganho
importância junto da comunidade, principalmente
das grávidas/casal, apesar da existência de algumas
incertezas no que diz respeito à segurança do recém-nascido.
Atualmente, relativamente ao nascimento na
água, constata-se que existe uma grande controvérsia
entre os profissionais de saúde, nomeadamente entre
enfermeiros e médicos.
A evidência não demarca ao certo os riscos da imersão
em água durante o trabalho de parto e nascimento
(Camargo, et al., 2018). Contudo, a maioria dos autores
associa a imersão em água quente durante o trabalho
de parto e parto a um aumento do relaxamento e
diminuição da dor para a parturiente, tornando a
mulher mais ativa e assim o parto mais humanizado,
combatendo a vertente atual em que este é cada vez
mais medicalizado.
O parto humanizado requer que os cuidados prestados
sejam focados nas necessidades da mulher e não nos
procedimentos e normas técnicas (Porto, Costa, &
Velloso, 2015). Deste modo o objetivo geral definido
é compreender a relação entre o parto humanizado
e o parto na água, verificando-se uma lacuna no
que diz respeito ao conhecimento e compreensão
relativamente às experiências das mulheres que
optaram por este tipo de parto, sendo que a revisão da
literatura efetuada teve por base a vigilância pré-natal,
o plano de parto, o parto humanizado e o parto na água
(Lewis, et al., 2018).
As mulheres com gravidez de baixo risco, em
muitos países, podem optar por este método não
farmacológico. Muitos dos investigadores concluíram
que os dados sobre o parto na água são insuficientes
para concluir os benefícios e riscos desta prática,
contudo as evidências acerca desta ser segura são cada
vez maiores.
A imersão em água durante o primeiro estadio do
trabalho de parto pode estar relacionada com uma
redução da dor, do uso de analgesia e da duração do
trabalho de parto. Contudo, a segurança e eficácia
no que diz respeito ao período expulsivo não foi bem
estabelecida. Alguns autores afirmam que este tipo
de parto deve ser considerado um procedimento
experimental (American Academy of Pediatrics, 2014).
O parto na água requer que sejam cumpridos
protocolos rigorosos, que haja uma adequada seleção
das gestantes, limpeza e desinfeção do material
utilizado e uma monitorização da mãe e do bebé em
intervalos apropriados. A principal meta no parto na
água é alcançar a segurança da parturiente e recémnascido
durante o parto (American Academy of
Pediatrics, 2014; Pereira, 2016).