Metodologia de planeamento de um parque temático
Pais, Cassiano
1994
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Dissertação de Mestrado em estudos sobre as mulheres, Universidade Aberta, 2005
O cuidar inscreve-se na história de todos seres vivos, desde o início da história e da
Humanidade como forma de garantir a continuidade do grupo e da espécie, inserido
num sistema de economia mista. Às mulheres competiam os cuidados que se
realizam à volta de tudo o que crescia e se desenvolvia. Mas esta função essencial e
inerente à sobrevivência dos seres humanos que é o cuidar tem sido alterada ao longo
dos tempos, ao sabor das mudanças sociais, económicas e tecnológicas. Perdeu a sua
inserção no sistema de trocas e ancorou definitivamente nas mulheres alicerçada na
experiência vivida e interiorizada no próprio corpo. A herança de todo este passado
cultural fragmentado pela perda de reconhecimento do valor da paridade na divisão
sexual do trabalho, entre outros, tornam-se os responsáveis pela desvalorização das
práticas de cuidados asseguradas pelas mulheres que embora mantenham o valor de
uso não apresentam um valor de trabalho.
Equacionar o problema do cuidar, sobretudo do cuidar informal, é considerar o
número crescente de pessoas com dependência física quer seja pela idade quer seja
por outra causa, que são cuidadas pelas mulheres normalmente na família, o espaço
privado, sem que esse trabalho seja reconhecido e que constitui um sistema paralelo
de saúde.
Com este estudo pretendeu-se identificar as transformações e modos de apoio do
cuidar informal, analisar a existência ou não de gratificações no cuidar, identificar as
motivações de quem cuida, e valorizar o cuidar informal dando-lhe visibilidade.
Para a consecução destes objectivos escolheu-se uma metodologia qualitativa, as
histórias de vida cruzadas. Esta pesquisa com características exploratórias e
descritivas incluiu as narrativas cruzadas de seis participantes que vivenciaram a
experiência de cuidar de um familiar com grande dependência física, durante um
longo período.