Estágio na MAN 1964 ARCHITECTS
Reis, Ana Catarina Temudo
2019
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Conciliar a longevidade com uma vida autónoma e independente constitui um importante objetivo
ligado ao envelhecimento da população. Isso mesmo foi assumido pela OMS (2002) ao considerar
o envelhecimento ativo como o principal objetivo das políticas direcionadas para os idosos.
Partindo do conceito de envelhecimento ativo (EA) utilizado pela OMS foi analisada a funcionalidade
das pessoas idosas, a sua relação com os determinantes do envelhecimento ativo e construído
um modelo de envelhecimento ativo para uma amostra de idosos residentes na comunidade.
Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes na comunidade, através de um protocolo
de avaliação, para analisar os determinantes do envelhecimento ativo. Resultados: o modelo
de Envelhecimento Ativo para a população do distrito de Castelo Branco, é constituído por 6 fatores:
componente psicológica, saúde subjetiva, relações familiares, funcionalidade, satisfação com
os serviços e relações com amigos, explicando 65,9% da variância total: Conclusão: a maioria dos
elementos revela um elevado grau de funcionalidade, o que traduz a independência na realização de
grande parte das atividades da vida diária. Apresentam maior nível de dependência, em todas as
componentes, os indivíduos mais idosos. A principal componente do modelo de envelhecimento
ativo é a componente psicológica, explicando 30,9% da variância total.
O aumento crescente da esperança de vida representa uma vantagem para todos aqueles que
dele vão usufruindo mas, simultaneamente, aumenta os riscos de doença, incapacidade e dependência.
A funcionalidade global dos indivíduos, entendida no sentido da sua autonomia funcional ou
capacidade funcional, tem tendência a declinar gradualmente com o avanço em idade (Botelho,
2014; Fillenbaum, 1996), não decorrendo da mesma forma em todos os indivíduos. Com base do
conceito de envelhecimento ativo da OMS foi analisada a funcionalidade das pessoas idosas e a sua
relação com os determinantes do envelhecimento ativo. Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas
idosas residentes na comunidade, através da utilização da escala de Atividades da Vida Diária (Katz
et al, 1963; Lawton & Brody, 1969). Conclusão: a maioria dos elementos revela uma elevada independência
na realização de grande parte das atividades da vida diária, com os indivíduos mais idosos
a apresentarem maior nível de dependência, em todas as componentes.
O risco de vulnerabilidade e isolamento social associado aos idosos, levou a Organização
Mundial de Saúde a reconhecer o apoio social, onde se inclui as redes de apoio social e o suporte
social, como um importante fator na prevenção do isolamento social e como uma medida necessá-
ria para a promoção da saúde e do envelhecimento ativo (WHO, 2002). Com base no conceito de
Envelhecimento Ativo, procurou-se caracterizar a rede de apoio social e de suporte social das pessoas
idosas do distrito de Castelo Branco. Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes
na comunidade, tendo sido utilizada a Escala de Rede de Apoio Social (Lubben, 1998), com
três subescalas: família, amigos e confidentes, para avaliar a integração e a rede social. Resultados:
O relacionamento social, sobretudo no âmbito familiar, confirma a importância das redes sociais de
suporte (Bowling, 1991) para o envelhecimento ativo, bem-sucedido, funcionando igualmente como
um fator determinante para a maior ou menor capacidade de adaptação aos desafios do envelhecimento.
os indivíduos que apresentam redes familiares e redes de amigos de maiores dimensões são
os que pertencem ao grupo etário mais baixo (65-74), ao género masculino, são casados e têm mais
anos de escolaridade. Conclusão: Ao analisar a rede de suporte social verifica-se que a rede familiar
se associa à idade, género e estado civil enquanto a rede de amigos e de confidentes é maior
nos homens. Ter maior escolaridade também está associado à rede de amigos, a qual tem uma
maior dimensão nos indivíduos mais novos.