Contributo para a implementação de um sistema de gestão florestal sustentável na Quinta de St.º António - Cadaval
Rosa, Sérgio Miguel Silva
2005
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Em Portugal Continental o uso dominante do solo é florestal (36% em 2010) no entanto, a área florestal durante o período entre 1995-2010 tem vindo a diminuir, sendo que os incêndios florestais têm tido um papel determinante.
Os objetivos deste estudo foram analisar
as mudanças na ocupação do solo ocorridas no período de 1990-2007 na freguesia de Sarnadas de S. Simão e calcular um conjunto de métricas da paisagem para a ocupação do solo em 1990 e em 2007 de forma a avaliar as consequências dos incêndios ao nível da paisagem. Para o efeito utilizaram-se as cartas de ocupação do solo COS’90 e COS’07 de nível 2. A legenda da COS’90 foi harmonizada com a da COS’07 e esta última foi atualizada e detalhada por fotointerpretação para o nível 5. Verificou-se que a classe “Florestas, meios naturais e seminaturais” foi onde ocorreram a maioria das mudanças,em especial com a redução da área de “Florestas de pinheiro bravo” e o aumento da área de “Florestas abertas de pinheiro bravo”. Das métricas calculadas verificou-se que o número de manchas aumentou mas o seu tamanho
diminuiu, a densidade de fronteira das manchas também aumentou e o índice médio de forma diminuiu. O valor do índice de diversidade de Shannon aumentou. Por fim,
confirmou-se que 81% das áreas onde se registaram alterações coincidiram com as áreas que foram ardidas. Dos resultados obtidos poder-se-á afirmar que o efeito
dos incêndios pode ser encarado como uma oportunidade para promover mosaicos de espécies, como sugerido no Plano Diretor Municipal, promovendo o aumento da biodiversidade da paisagem e mitigando o perigo de incêndio.
Em Portugal Continental o uso dominante do solo é florestal (36% em 2010) no
entanto, a área florestal durante o período entre 1995-2010 tem vindo a diminuir, sendo
que os incêndios florestais têm tido um papel determinante.
Os objetivos deste estudo foram analisar as mudanças na ocupação do solo ocorridas
no período de 1990-2007 na freguesia de Sarnadas de S. Simão e calcular um conjunto
de métricas da paisagem para a ocupação do solo em 1990 e em 2007 de forma a avaliar
as consequências dos incêndios ao nível da paisagem.
Para o efeito utilizaram-se as cartas de ocupação do solo COS’90 e COS’07 de nível
2. A legenda da COS’90 foi harmonizada com a da COS’07 e esta última foi atualizada
e detalhada por fotointerpretação para o nível 5.
Verificou-se que a classe “Florestas, meios naturais e seminaturais” foi onde
ocorreram a maioria das mudanças, em especial com a redução da área de “Florestas de
pinheiro bravo” e o aumento da área de “Florestas abertas de pinheiro bravo”. Das
métricas calculadas verificou-se que o número de manchas aumentou mas o seu
tamanho diminuiu, a densidade de fronteira das manchas também aumentou e o índice
médio de forma diminuiu. O valor do índice de diversidade de Shannon aumentou. Por
fim, confirmou-se que 81% das áreas onde se registaram alterações coincidiram com as
áreas que foram ardidas.
Dos resultados obtidos poder-se-á afirmar que o efeito dos incêndios pode ser
encarado como uma oportunidade para promover mosaicos de espécies, como sugerido
no Plano Diretor Municipal, promovendo o aumento da biodiversidade da paisagem e
mitigando o perigo de incêndio.
Segundo os dados do último Inventário Florestal Nacional (IFN6 – 2010), a floresta
representa 35% da ocupação do solo de Portugal Continental. O eucalipto é a principal
ocupação florestal do Continente seguindo-se o sobreiro e o pinheiro bravo. A área total
de pinheiro bravo tem vindo a diminuir por contraste ao aumento da área de eucalipto,
uma espécie exótica. A ocorrência dos incêndios florestais tem tido uma influência
muito importante na dinâmica anterior. Daí a análise dos padrões da paisagem e dos
vetores de mudança serem essenciais para efeitos da conservação/promoção da
biodiversidade e da mitigação do perigo de incêndio os quais devem ser incorporados
nos programas de gestão florestal.
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm vindo a ser extensivamente usados
em Silvicultura para apoiar a gestão florestal, quer ao nível do inventário e
monitorização de recursos mas também na análise, modelação e simulação para o apoio
à tomada de decisão. Visto que os SIG têm a possibilidade de incorporar a componente
espacial no planeamento do uso do solo e nos modelos de simulação, o
desenvolvimento de ligações entre os modelos florestais e o SIG proporciona aos
gestores florestais uma maior flexibilidade na determinação da produtividade das
espécies e das suas exigências, e permite aos decisores políticos uma oportunidade
acrescida para avaliar os efeitos de critérios de gestão alternativos da floresta.
Pretende-se com este trabalho apresentar dois estudos de caso de aplicações SIG
desenvolvidas respetivamente, no âmbito dos cursos de mestrado em SIG e em
Tecnologias da Sustentabilidade dos Sistemas Florestais do IPCB, cujos resultados
constituem elementos de suporte fundamentais para a gestão sustentável dos espaços
florestais. Assim, apresentam-se as cartas de aptidão para quatro espécies e a carta de
potencialidade produtiva para o pinheiro bravo desenvolvidas em ambiente SIG para
uma área de estudo dominantemente ocupada por florestas e de elevado perigo de
incêndio.
A cartografia de aptidão das espécies recomendadas para a área de estudo em
conjugação com a cartografia da potencialidade produtiva do pinheiro bravo permite
suportar a planificação do uso do solo segundo as funções identificadas nos Planos
Regionais de Ordenamento Florestal: produção; proteção; conservação dos habitats, de
espécies de fauna e da flora e de geomonumentos; silvopastorícia, caça e pesca em águas interiores; e recreio, enquadramento e estética paisagem. Nas áreas com função
produção permitirá implementar um plano de gestão florestal sustentável por forma a
aumentar a produtividade da floresta de pinheiro bravo.
Em projetos futuros pretende-se desenvolver aplicações SIG para a simulação ou o
processamento de modelos, sabendo porém que esta é uma das áreas mais desafiadoras
em SIG. Perspetiva-se porém, que se venham a observar futuros desenvolvimentos nesta
área à medida que a investigação e as ferramentas para apoiar este tipo de aplicação se
tornem mais frequentes.