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Kay, Sue
cop.2001
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Introdução
A disfunção diastólica define-se como sendo uma
perturbação do padrão do enchimento ventricular
normal, sendo consequência do relaxamento anormal do miocárdio. Historicamente e ainda com alguma repercussão no presente, a relação E/A é um
parâmetro muito valorizado aquando da tomada de
decisão diagnóstica no que diz respeito à qualidade da função diastólica. As mais recentes guidelines
acerca do tema contrariam esta ideia, principalmente na presença de fração de ejeção normal.
Objetivo
Avaliar a validade e fiabilidade da relação E/A no
diagnóstico de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo.
Materiais e Métodos
Estudo observacional, transversal e de abordagem
quantitativa, realizado com indivíduos admitidos,
consecutivamente, no serviço de Cardiopneumologia de um hospital da região centro de Portugal, no
período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de
dezembro de 2017. Todos os indivíduos foram submetidos a um estudo ecocardiográfico e foram registados parâmetros de Doppler contínuo, pulsado
e tecidular relacionados com a avaliação da função
diastólica, bem como o tamanho e função das cavidades cardíacas esquerdas.
Resultados
Foram incluídos 72 indivíduos, 58 com disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (DDVE) e os restantes
14 sem DDVE. Entre os 58 indivíduos com disfunção
diastólica, 47 apresentam Grau I, 11 Grau II e nenhum
indivíduo foi diagnosticado com Grau III. Observou-
-se que 11 indivíduos não apresentaram alterações
na relação E/A, contudo, segundo as novas guidelines, evidenciam DDVE. Por outro lado, observa-se
em 61 indivíduos alterações na relação E/A, sendo
que 14, não padecem da patologia em questão.
Conclusão
A avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo, com recurso à relação E/A leva a diversos
falsos positivos e diversos falsos negativos. Para um
diagnóstico mais assertivo é necessário recorrer a diferentes parâmetros, o que vem dar suporte ao mais
recente algoritmo desenvolvido para a avaliação da
função diastólica do ventrículo esquerdo.
Introdução
A função do ventrículo direito é o principal
determinante do prognóstico na hipertensão
pulmonar. Esta enfermidade, definida pelo aumento
da pressão nas artérias pulmonares, tem como
consequências o remodelamento e disfunção do
ventrículo direito.
Objetivo
Avaliar as características morfológicas e fisiológicas
do coração direito em doentes com hipertensão
pulmonar.
Materiais e Métodos
Estudo observacional, transversal, de abordagem
quantitativa, com recurso a uma amostragem não
probabilística por conveniência, realizado entre 1
de agosto e 31 de dezembro de 2018 no serviço de
Cardiopneumologia de um Hospital da região centro
de Portugal. Todos os sujeitos foram submetidos
à realização de um ecoDoppler cardíaco. Foram
registados parâmetros ecocardiográficos como a
excursão sistólica do plano anular tricúspide, pressão
sistólica da artéria pulmonar, bem como o tamanho e
função das cavidades cardíacas.
Resultados
A amostra do estudo foi composta por 100
indivíduos, divididos em dois grupos: 50 saudáveis
e 50 doentes portadores de hipertensão pulmonar,
com idades superiores a 40 anos e ausência de outra
patologia cardíaca conhecida ou hipertensão arterial
severa. No que diz respeito à função sistólica do
ventrículo direito, esta apresenta-se mais elevada
nos indivíduos saudáveis, sendo essa diferença
estatisticamente significativa (p<0,001) embora,
em média, apresente valores normais nos doentes
com patologia. As cavidades cardíacas apresentamse significativamente dilatadas na presença da
doença (p<0,001), à exceção do ventrículo esquerdo
(p-value=1). Relativamente à função diastólica
esta apresenta uma relação inversa com a pressão
sistólica da artéria pulmonar, ou seja, esta é tanto
menor quanto melhor se apresentar a função de
ambos os ventrículos (p<0,001).
Conclusão:
Foi encontrada evidência de que, com base nos
parâmetros ecocardiográficos nesta amostra de
doentes, a hipertensão pulmonar provoca disfunção
ventricular direita e dilatação das câmaras direitas.
Isto reforça a necessidade de prevenção, identificação
e intervenção precoces nestes indivíduos.
Objetivo
Avaliar as características estruturais, hemodinâmicas
e funcionais do coração em doentes com disfunção
diastólica e hipertensão arterial, com e sem
sintomatologia associada.
Materiais e Métodos
Estudo observacional prospetivo, de abordagem
quantitativa. Foram incluídos todos os sujeitos
com mais de 18 anos, com disfunção diastólica e
hipertensão arterial, no período entre 15 de julho e
31 de dezembro de 2017. Todos os sujeitos foram
submetidos à realização de um ecocardiograma, de
onde resultou o registo de parâmetros relacionados
com a avaliação estrutural, hemodinâmica e
funcional, tais como, a fração de ejeção do ventrículo
esquerdo, o volume da aurícula esquerda, o diâmetro
do ventrículo esquerdo, a relação E/e´, a pressão
sistólica da artéria pulmonar ou a velocidade do jato
de regurgitação tricúspide.
Resultados Principais
A amostra do estudo foi composta por 58 indivíduos,
de ambos os géneros, com idades entre os 35 e os 65
anos. Verificou-se existir relação do grau de disfunção
diastólica com o volume da aurícula esquerda e com
a pressão sistólica arterial pulmonar (p=0,001).
Todos indivíduos com grau II de disfunção diastólica
apresentam sinais e sintomas associados, sendo esta
relação estatisticamente significativa (p=0,001).
Apenas 19,15% dos indivíduos com grau I de
disfunção diastólica apresentaram sintomatologia.
A sintomatologia demonstrou ser sobreponível
com diversos parâmetros ecocardiográficos, tais
como, volume da aurícula esquerda, pressão sistólica
arterial pulmonar, relação E/e´, velocidade do jato de
regurgitação tricúspide (p=0,001).
Conclusão
A manifestação clínica dos doentes com disfunção
diastólica de grau II mostrou-se consideravelmente
mais prevalente do que nos doentes com disfunção
diastólica de grau I. Os parâmetros ecocardiográficos
avaliados estão significativamente relacionados com
a evolução da patologia, pelo que o diagnóstico
precoce se assume como fundamental.
Introdução
O tabagismo é um fator de risco modificável que
provoca diversas lesões no organismo. Os fumadores
apresentam, comparativamente aos não fumadores,
risco acrescido de doença cardiovascular. A evidência
científica demonstra que, o consumo de apenas um
cigarro por dia é suficiente para aumentar o risco de
desenvolvimento de doença coronária e acidente
vascular cerebral, que aumenta com os anos de
tabagismo e com o número de cigarros por dia.
Objetivo
Este estudo pretende descrever o impacto do
tabagismo a nível funcional e estrutural no coração.
Métodos
O presente estudo é do tipo analítico, observacional
e transversal. Todos os sujeitos foram submetidos
à realização de um ecocardiograma transtorácico.
Foram registados parâmetros ecocardiográficos
como o volume da aurícula esquerda (AE), a fração
de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), a Relação
E/e´, grau de disfunção diastólica, pressão sistólica
da artéria pulmonar (PSAP), excursão sistólica do
plano anular tricúspide (TAPSE), área da aurícula
direita, massa do ventrículo esquerdo (VE) e
diâmetro telediastólico do VE.
Resultados
A amostra do estudo foi composta por 100
indivíduos, divididos em dois grupos: 50 fumadores
e 50 não fumadores. Verificou-se uma diminuição
estatisticamente significativa da FEVE no grupo de
fumadores (p=0,012). Do grupo de fumadores, 12%
apresentou alterações na contratilidade segmentar
do VE (p=0,02). O grupo de fumadores apresentou
valores médios mais altos para o volume da AE,
massa e diâmetro telediastólico do VE, área da
aurícula direita, PSAP e relação E/e´, não sendo,
no entanto, as diferenças, para com o grupo de
não fumadores, estatisticamente significativas.
Observou-se uma correlação moderada entre as
alterações nos parâmetros ecocardiográficos e a
carga tabágica e anos de fumador (p≤0,01), com
exceção da correlação entre TAPSE e anos de
fumador, que não foi significativa (p=0,508). Conclusão
A diminuição da FEVE e as alterações na
contratilidade do VE estão associadas ao consumo
de tabaco. A carga tabágica e os anos de consumo
têm impacto negativo na função e estrutura
cardíaca. Os parâmetros ecocardiográficos relativos
à função sistólica e diastólica apresentam valores
ligeiramente divergentes da normalidade, o que
poderá ser um indicador precoce de possíveis
repercussões com a continuação do hábito de fumar.
A quantidade, a duração e a frequência do consumo
de tabaco indiciam, por isso, efeitos prejudiciais no
sistema cardiovascular.
Introdução
A excursão sistólica do plano do anel da mitral é um
marcador ecocardiográfico derivado do modo M, que
permite avaliar a função longitudinal do ventrículo
esquerdo. Tem sido sugerida como complemento à
determinação da fração de ejeção em doentes com
qualidade de imagem subótima e em doentes em
situação de emergência cardiovascular.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar a precisão da
excursão sistólica do plano do anel da mitral na
previsão da fração de ejeção do ventrículo esquerdo
e avaliar a sua correlação com os outros marcadores
da função ventricular.
Métodos e materiais
O estudo realizado foi observacional, transversal
e de abordagem quantitativa com indivíduos
admitidos, consecutivamente, no serviço de
Cardiopneumologia de um hospital da região
centro de Portugal, no período compreendido
entre 1 de outubro de 2014 e 31 de janeiro de
2015. Foi realizado ecocardiograma transtorácico
convencional a todos os indivíduos e registados
parâmetros como a excursão sistólica do plano
do anel da mitral, a fração de ejeção do ventrículo
esquerdo, as velocidades miocárdicas sistólicas e o
diâmetro da câmara ventricular esquerda. Resultados principais
No estudo foram incluídos 99 indivíduos, 51
(51.51%) são do género masculino e 48 (48.48%)
do género feminino. A média de idades observada
foi de 54,05 anos sendo que estas se compreendem
entre os 31 e os 81 anos. Verificou-se correlação
positiva, moderada a forte e estatisticamente
significativa da fração de ejeção do ventrículo
esquerdo, tanto com a excursão sistólica do plano
do anel da mitral septal (r=0,729; p<0,001), como
com a excursão sistólica do plano do anel da mitral
lateral (r=0,657; p<0,001). A correlação entre a
excursão sistólica do plano do anel da mitral e o
diâmetro do Ventrículo Esquerdo é negativa e
estatisticamente significativa. A associação entre
as velocidades miocárdicas sistólicas e a excursão
sistólica do plano do anel da mitral verificou-se ser
forte, positiva e estatisticamente significativa, tanto
ao nível do septo como da parede lateral (r=0,667,
p<0,001 vs r=0,721, p<0,00,1, respetivamente). Conclusão
A excursão sistólica do plano do anel da mitral é um
método ecocardiográfico quantitativo simples e
rápido, que reflete a função sistólica do ventrículo
esquerdo, podendo ser considerada um preditor
preciso da fração de ejeção do ventrículo esquerdo.
Introdução: A Hipertensão Pulmonar é definida por uma elevação na pressão média da artéria pulmonar acima de 25mmHg em repouso e um aumento de 30mmHg com o esforço. Em fases mais avançadas da patologia podem ocorrer alterações estruturais nas câmaras cardíacas, devido às alterações hemodinâmicas. Objetivos: Verificar se os doentes com HP apresentam alterações hemodinâmicas e estruturais direitas. Material e Métodos: O estudo foi realizado com recurso a uma base de dados do serviço de cardiologia de uma Unidade local de saúde da região centro de Portugal continental. Estudaram-se pacientes com HP e pacientes sem HP. Foram incluídos doentes com Hipertensão Pulmonar e excluídos pacientes com Hipertensão Pulmonar que apresentavam hipertensão arterial descontrolada, diabetes mellitus e/ou alterações congénitas cardíacas. Resultados: A amostra foi constituída por 113 indivíduos, dos quais 35 indivíduos apresentavam HP (31,0%) e 68 indivíduos não apresentavam HP (69,0%). Observou- se que no grupo com HP existia um aumento crescente das câmaras cardíacas e AP. Observou- se também que quanto maior a PSAP maior valor é obtido nas câmaras cardíacas e AP. Verificou-se ainda uma diminuição do valor de TAPSE em função do aumento da PSAP, comparativamente com valores mais baixos de PSAP. A VJRT não aumentou muito em função do aumento da PSAP, verificando-se maior acentuação no parâmetro 2,9-3,4m/s nesta correlação. Conclusões: O estudo verificou que existem alterações estruturais e hemodinâmicas nas câmaras cardíacas direitas e AP na presença de HP.